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Agronegócio responde por sete dos dez produtos mais exportados pelo Brasil

No primeiro semestre de 2016, os destaques foram os embarques de soja em grão, açúcar bruto, celulose e carne bovina

Em valores, os produtos agropecuários responderam por US$ 29,9 bilhões, 33,2% do total das exportações brasileiras | PEDRO SERAPIO/PEDRO SERAPIO
Em valores, os produtos agropecuários responderam por US$ 29,9 bilhões, 33,2% do total das exportações brasileiras (Foto: PEDRO SERAPIO/PEDRO SERAPIO)

Mais uma vez o agronegócio é o setor que mais contribui para o saldo positivo da balança comercial brasileira. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MICS), no primeiro semestre de 2016, dos 10 principais produtos brasileiros exportados no período, que trouxeram ao Brasil US$ 41,6 bilhões em receita, sete são do agronegócio. Em valores, os produtos responderam por US$ 29,9 bilhões, 33,2% do total das exportações brasileiras.

Os destaques do agronegócio foram a soja em grão, aparecendo como principal produto exportado (US$ 13,9 bilhões); açúcar em bruto (US$ 3,1 bilhões); celulose (US$ 2,7 bilhões) e carne bovina (US$ 2,2 bilhões)

O crescimento das exportações de soja em grão tem sido puxado, principalmente, pelo aumento das importações chinesas. A demanda mundial pela oleaginosa está aquecida em consequência das perdas ocorridas nas safras do Brasil e Argentina, que geraram uma expectativa de baixa disponibilidade na próxima safra, estimulando sua compra no mercado internacional.

A China, segunda maior economia mundial, foi o principal destino das exportações do Brasil no primeiro semestre de 2016, com receita de US$ 11,4 bilhões (17,2%). O país continua tendo um papel fundamental na balança comercial brasileira, principalmente em relação a demanda por produtos agropecuários.

O aumento das exportações de açúcar também é influenciado pela valorização do preço mundial da commodity, devido a menor oferta e o aumento da demanda, o que deve gerar um déficit no ciclo atual. Outro fator que incentivou o crescimento dos preços foi a recente desvalorização do dólar em relação a moedas dos países produtores.

Apesar do menor crescimento da economia chinesa, a demanda por carne bovina de alta qualidade naquele país deve continuar aquecida no segundo semestre. Isso ocorre por que esse tipo de corte é demandado por consumidores de maior renda, que são menos influenciados pela desaceleração econômica.

Os dados apresentam um cenário com boas oportunidades para os produtores agropecuários do Brasil, principalmente devido à demanda aquecida e ao câmbio favorável. Desse modo, em 2016, o setor continua sendo um elemento chave para o desempenho da balança comercial do país.

Balança

No primeiro semestre de 2016, o Brasil obteve superávit de US$ 23,6 bilhões na balança comercial - valor dez vezes maior que o resultado apresentado no mesmo período do ano passado (US$ 2,2 bilhões). O crescimento do saldo comercial foi impulsionado principalmente pela queda de 27,7% das importações.

Conforme informações da Confederação da Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), aesar do resultado positivo no saldo da balança, o comércio externo do país tem apresentado forte desaceleração. Houve queda de US$ 29,6 bilhões na corrente de comércio do Brasil e retração de 4,3% nas exportações. O governo tem destacado o comércio internacional como uma prioridade para a recuperação econômica do país.

Apesar da recente valorização do real - 19,9% no acumulado de 2016 - o câmbio tem contribuído para o aumento da competividade dos produtos brasileiros no mercado externo. De acordo com as expectativas do mercado, publicada no Boletim Focus (BCB), em 2016 a taxa de câmbio deverá encerrar o ano por volta de R$ 3,50.

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