• Carregando...
Kátia Abreu já ocupa o posto de presidente da CNA e senadora pelo estado de Tocantins. | Wilson Dias / Agaªncia Brasil
Kátia Abreu já ocupa o posto de presidente da CNA e senadora pelo estado de Tocantins.| Foto: Wilson Dias / Agaªncia Brasil

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) será a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no próximo mandato da presidente Dilma Rousseff. A informação foi dada na última sexta-feira (21) pelo jornal Folha de São Paulo e deve ser confirmada oficialmente nos próximos dias. Ela assume o cargo no lugar de Neri Geller, que estava na função desde março deste ano.

Era esperado que o governo federal confirmasse a mudança ainda na semana passada junto com outros nomes, mas a decisão foi adiada. A possibilidade da nomeação de Kátia gerou repercussão política e há informações de que a presidente Dilma recebeu pedidos da esquerda do PT e de representantes dos movimentos sociais para recuar no convite. Ainda não se sabe, contudo, se a presidente vai voltar atrás em sua decisão.

A nomeação confirma rumores que sinalizavam a indicação de Kátia para o cargo desde o início da corrida eleitoral para a presidência da República. Havia expectativa de que a pasta continuasse sobre o comando do PMDB, fato que fortaleceu os indícios de que a parlamentar assumiria o posto. Embora tenha feito oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, ela se aproximou da gestão de Dilma Rousseff ao apoiá-la durante a disputa do segundo turno das últimas eleições.

O destino de Geller ainda é incerto. No início desta semana retornou de uma viagem internacional com rodadas de negócio realizadas na China e na Arábia Saudita, onde ele conseguiu por fim aos embargos impostos a compra de carne produzida no Brasil. Em Brasília o movimento foi visto como uma manobra política para tentar convencer a presidente Dilma a mantê-lo no cargo.

Kátia Abreu foi presidente do Sindicato Rural de Gurupi nos anos 1990 e comandou por cinco mandatos a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (1995-2005). Em 2008 ela assumiu o comando da CNA, posto que ocupa até hoje. Sua última disputa pelo comando da entidade nacional foi controversa, e a eleição chegou a ser suspensa por liminar obtida pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep), que apontava irregularidades no processo eleitoral. A decisão foi revertida e a senadora foi reeleita para a liderança da CNA.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]