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O objetivo é usar a tecnologia das nanopartículas em um esforço de abastecer a crescente demanda mundial | Reprodução internet/WUSTL
O objetivo é usar a tecnologia das nanopartículas em um esforço de abastecer a crescente demanda mundial| Foto: Reprodução internet/WUSTL

“Se os agricultores usarem a mesma quantidade de fósforo como eles estão usando agora, a oferta mundial será esgotada em cerca de 80 anos”

Ramesh Raliya Pesquisador

Os estoques de fósforo, um dos produtos mais importantes na fabricação de fertilizantes, podem acabar em 80 anos. É o que dizem os pesquisadores da Universidade Washington, em Saint Louis, no meio-oeste dos EUA. Com base nisso eles trabalham para encontrar alternativas para a produção sustentável de alimentos. O objetivo é usar a tecnologia das nanopartículas em um esforço de abastecer a crescente demanda mundial por comida.

A técnica inovadora dos cientistas, usando nanopartículas de óxido de zinco, estimula o crescimento de um feijão rico em proteína através do melhoramento do modo de absorção dos nutrientes enquanto diminuiu a necessidade de fertilizantes feitos a partir de pedras de fósforo.

Ramesh Raliya, um dos cientistas da pesquisa, e Pratim Biswas, presidente do Departamento de Energia, Meio Ambiente e Engenharia Química, explicam que este é o primeiro estudo que mostra como mobilizar fósforo nativo no solo usando nanopartículas de óxido de zinco sobre o ciclo de vida das plantas, da semente até à colheita. Segundo eles, as lavouras de grãos precisam de fósforo para crescer, e os agricultores estão utilizando cada vez mais fertilizantes à base de fósforo à medida que aumentam a produção para alimentar a crescente população mundial.

No entanto, as plantas só absorvem 42% do fósforo aplicado no solo. Além disso, quase 82% do fósforo do mundo é utilizado como fertilizante, mas é uma oferta limitada, diz Raliya. “Se os agricultores usarem a mesma quantidade de fósforo como eles estão usando agora, a oferta mundial será esgotada em cerca de 80 anos”, disse. “Agora é o momento para o mundo para aprender a usar o fósforo de uma forma mais sustentável.”

Os testes foram feitos com um tipo de feijão cultivado especialmente na China, sudeste da Ásica e na Índia, onde 60% da população é vegetariana e baseia-se em fontes de proteína de origem vegetal. O feijão é uma cultura que se adapta facilmente em várias condições climáticas e é muito acessível para as pessoas cultivarem. Raliya disse que 45% do uso de fósforo em todo o mundo para a agricultura ocorre na Índia e China. Grande parte do fornecimento de fósforo nos países em desenvolvimento é importado dos Estados Unidos e de minas de fosfato baseados no Marrocos.

“Esperamos que este método de utilização de nanopartículas de óxido de zinco possa ser implantado em países em desenvolvimento onde os agricultores estão usando um monte de fósforo”, disse Raliya. “Esses países são dependentes dos EUA para exportar fósforo para eles, mas, no futuro, os EUA também podem ter que ajudar a fornecer alimentos. Se esta cultura pode crescer de uma forma mais sustentável será útil para todos.”

Leia aqui o artigo completo.

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