• Carregando...
EUA mudaram radicalmente as políticas comerciais  depois da vitória de Trump, mas o México afirma ter aliados na agricultura norte-americana para manter acordo de livre comércio | BRENDAN SMIALOWSKI/AFP
EUA mudaram radicalmente as políticas comerciais depois da vitória de Trump, mas o México afirma ter aliados na agricultura norte-americana para manter acordo de livre comércio| Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Nesta quinta-feira (15), o ministro da Economia do México, Ildefonso Guajardo Villareal, afirmou que tem o suporte de influenciadores de dentro dos Estados Unidos para a continuação do Nafta - Acordo de Livre Comércio do Atlântico Norte.

Ele citou como exemplo o lobby agrícola, já que o México é o principal destino das exportações de alimentos dos americanos.

O Nafta não corre o risco de acabar. Obviamente os Estados Unidos são um parceiro muito importante, mas o acordo vai continuar mesmo que seja apenas com México e Canadá, afirmou Guajardo durante um debate sobre comércio na edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial em São Paulo.

A pedido de Donald Trump, presidente dos EUA, o Nafta vem sendo rediscutido. Segundo o ministro mexicano, as negociações terminam em abril ou vão ter que esperar o fim do ano, por conta das eleições presidenciais no México em julho e das eleições parlamentares de meio-período nos EUA no fim do ano.

Guajardo admitiu que as vagas no setor industrial estão migrando dos países ricos para as economias em desenvolvimento. A maior parte dos mexicanos é favorável ao livre comércio, porque está criando empregos, disse.

Nos últimos cinco anos, foram inauguradas seis novas fábricas de carros no México, que hoje emprega 1 milhão de pessoas na indústria automotiva. O Brasil também possui um acordo de livre comércio de veículos com o México.

Guajardo ponderou, no entanto, que essa migração dos empregos no setor industrial é inevitável. "No fim do dia, o México tem sido a solução para que os EUA competirem globalmente", completou.

De acordo com o ministro mexicano, os EUA mudaram radicalmente depois da vitória de Trump, porque o governo passou a acreditar que o déficit comercial é necessariamente ruim.

Ele também afirmou que os políticos não estão conseguindo mostrar as vantagens do livre comércio à população. Não é só o Trump que está desafiando o livre comércio, mas parte da população americana, disse.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]