O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento proibiu a reconstituição do leite em pó importado para a produção de leite UHT e pasteurizado. Pela nova regra, publicada hoje (21) no Diário Oficial da União, apenas o leite em pó nacional pode ser utilizado na fabricação.
A norma altera outra, de julho deste ano, e vale para as áreas abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A produção brasileira de leite, de aproximadamente 35 bilhões de litros por ano, vinha crescendo aproximadamente 4% ao ano na última década.
Nos últimos dois anos, no entanto, houve queda na produção, principalmente no Nordeste. Por isso, em julho, o governo autorizou o uso de leite em pó na produção da bebida. No entanto, para preservar o preço ao produtor nacional, restringiu a autorização ao leite em pó brasileiro.
Segundo nota da Agricultura, a proibição de uso do produto importado na produção de leite atende à reivindicação de representantes do setor leiteiro e de parlamentares do Rio Grande do Sul.
O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor nacional de leite, com 4,7 bilhões de litros por ano. O estado fica atrás só de Minas Gerais, que produz 9,4 bilhões de litros por ano.
A Sudene abrange o semiárido brasileiro, que engloba todos os estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
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