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A Climate Corporation, startup da Monsanto, pretende lançar um sistema de inteligência artificial que funciona em sintonia com as máquinas até 2019. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
A Climate Corporation, startup da Monsanto, pretende lançar um sistema de inteligência artificial que funciona em sintonia com as máquinas até 2019.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O mundo está super conectado. Dispositivos móveis, softwares de inteligência artificial, monitoramento em tempo real, entre outros, facilitam a vida e dinamizam a economia. Quando se pensa no campo, porém, nem todas as pessoas têm uma imagem de que a revolução digital já chegou às lavouras. Mas para a multinacional Monsanto, passou da hora de deixar essa imagem para trás. A empresa, conhecida por atuar firmemente em melhoramento genético e biotecnologia, enfatiza que investe pesado também em tecnologia acessível aos produtores.

Durante um encontro com jornalistas na última quarta-feira (7), em São Paulo, o presidente da Monsanto do Brasil, Rodrigo Santos, destacou que a companhia persegue a meta de vencer o desafio de produzir mais alimentos nos próximos anos praticamente no mesmo espaço cultivável que se tem disponível hoje. Segundo ele, isso só será possível com os recursos disponibilizados pela era digital. “Trabalhamos para que toda essa revolução digital perceptível na sociedade também aconteça na agricultura”, revelou.

Uma das grandes apostas da Monsanto é a Climate Corporation, startup que desenvolve uma plataforma digital para o campo já em funcionamento nos Estados Unidos, e em fase de implementação no Brasil. O sistema envolve sensores de precisão acoplados em máquinas (não importa de qual marca), que enviam sinais a um tablet junto ao operador. Instantaneamente, o satélite recebe essas informações, processa tudo com inteligência artificial e permite que o produtor/administrador da fazenda acompanhe os processos em tempo real. Até agora, o sistema é voltado para a produção de soja e milho.

Mateus Barros, líder da Climate Corporation, explica que os testes da plataforma no país ocorrem nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia. Até o momento, a previsão de lançamento comercial do produto é até 2019, sem uma estimativa inicial de quanto vai custar para o produtor utilizar o aplicativo. “A síntese da proposta é obter mais rendimento através do conhecimento profundo de cada metro quadrado da propriedade. Um produtor toma 100 decisões em um ciclo de duas safras e a ferramenta permite ter toda a complexidade do negócio na palma da mão, com capacidade de mais rapidez e insights na tomada de decisão”, detalha.

Fusão Bayer/Monsanto

Durante o encontro, os diretores da empresa foram questionados sobre possíveis mudanças na operação da alemã Bayer e da americana Monsanto. A primeira anunciou que adquiriu a segunda por US$ 66 bilhões, a maior transação da história nesse tipo de transação, em setembro de 2016. Segundo Santos, até agora não ocorreu nenhuma mudança na operação das duas empresas, afinal ainda é preciso esperar que os órgãos reguladores avaliem a negociação e aprovem ou não a aquisição. “Encaramos a integração como positiva e acreditamos que não haverá problemas por parte dos órgãos regulatórios, pois os negócios das duas empresas são bastante complementares”, avaliou.

*O jornalista viajou a convite da empresa.

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