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Supermercado em Londrina: tomate está com preço melhor no Norte, mas colheita de safra está quase no fim | ROBERTO CUSTODIO/
GAZETA DO POVO
Supermercado em Londrina: tomate está com preço melhor no Norte, mas colheita de safra está quase no fim| Foto: ROBERTO CUSTODIO/ GAZETA DO POVO

Entra ano, sai ano, e a polêmica da variação de preços do tomate continua. Neste mês de julho, o consumidor está tendo de encarar altas em diversas regiões do Brasil. No Paraná, por exemplo, o valor está próximo do maior patamar em 12 meses.

Se no primeiro bimestre do ano o quilo no varejo não ultrapassava R$ 2,50, conforme dados do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), em média, hoje (14) alguns supermercados de Curitiba chegam perto de R$ 6, segundo levantamento diário da Secretaria Municipal de Abastecimento.

Há mais de um motivo para isso. Cerca de 90% da safra do Paraná já foi colhida, aponta Marcelo Garrido, economista do Deral. “Com a área praticamente toda colhida, inclusive no Norte do Estado, onde temos a maior produção, o que temos à venda hoje é o produto que vem de outras regiões, e a maior parte vem de São Paulo”, explica.

O problema é que o tomate paulista enfrentou uma alta de preços nas vendas de caixas de 20 quilos aos atacadistas, chegando a 36% de valorização na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.

“Os motivos para a constante alta se devem à menor entrada nos frutos, devido à lenta maturação frente às temperaturas baixas registradas. Assim, também há muitos frutos verdes e a procura pelos maduros é maior”, destaca relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da USP. A expectativa dos especialistas é que o preço se mantenha e, para piorar, haverá recuo da área colhida.

Produção de tomate no Brasil

Marcelo Garrido lembra o impacto da distribuição da produção de tomate no Brasil: Goiás e São Paulo empatados com 21%, Minas Gerais em seguida com 20%, e em quarto lugar vem o Paraná, com 7%. Segundo ele, pela alta concentração em poucos estados, quando ocorre um imprevisto em um deles, o preço está sujeito a disparadas.

“O tomate é produzido em regiões mais quentes, por isso, nesta época do ano quando temos baixas temperaturas [no Sul] somos obrigados a trazer de outras regiões”, afirma.

A explicação é comprovada pela oferta de hoje na Ceasa Curitiba, por exemplo. Há caixas de 20 quilos do tomate longa vida vindas do interior do Paraná, Goiás e São Paulo. O preço varia de R$ 65 a R$ 70. Já no Ceasa de Londrina, região onde estão sendo colhidos os últimos tomates da safra atual, o valor varia de R$ 54 a R$ 66 a caixa de 22 quilos.

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