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Safra de verão 2017-18 deve ser menor no Paraná devido à alta produtividade de milho e soja em comparação com a temporada anterior | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Safra de verão 2017-18 deve ser menor no Paraná devido à alta produtividade de milho e soja em comparação com a temporada anterior| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Paraná deve produzir menos na safra de verão 2017-18 do que no mesmo período do ano passado. Quem indica é o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, que divulgou nesta quinta-feira (31) sua primeira estimativa para a temporada.

A expectativa de produção é 2% menor para a soja, mesmo com aumento de 3% na área de plantio. O especialista em conjuntura geral do Deral, Marcelo Garrido, afirma que não há motivo para preocupação: “Devemos ter apenas um ajuste. A safra passada foi acima do esperado, com condições excelentes de clima”.

O complexo soja teve produção de 19,7 milhões de toneladas na safra 2016-17, e pelos cálculos do Deral deve concluir a primeira safra, que inicia as plantações em 11 de setembro, com uma produção de 19,4 milhões de toneladas. “Isso se as condições climáticas forem boas, mas se elas forem excelentes vai ficar acima. Nosso intervalo inicial de produção vai de 18,4 a 20,4 [milhões de toneladas]. Esse valor (19,4) é a média”, explica Garrido.

Menos milho na safra 2017-18

Apesar do otimismo, o milho paranaense vai certamente ter produção menor. Os produtores do Paraná reduziram sua área de plantio de 513,6 mil hectares para 344,5 mil - 33% a menos. Já a produção deve passar de quase 5 milhões de toneladas para 3,1, ou seja, 37% menos milho.

O problema passa pelo preço e pelas montanhas de milho que acumularam nas cooperativas e fazendas, além da alta produtividade e disponibilidade do produto em todo o mundo.

No ano passado, a saca estava em torno de R$ 35 e neste ano chegou a cair para R$ 17 devido à supersafra, explica o especialista do Deral: “Essa perda de área de produção é compensada pela soja. É uma opção do produtor, que deve aumentar sua produção de milho na segunda safra”.

Garrido conta que a opção pelo milho deve ficar mesmo para a segunda safra (safrinha) de 2018. Se a área de cultivo for similar nesse segundo período, ela pode chegar perto de 2,5 milhões de hectares, com produção de quase 14 milhões de toneladas.

O terceiro item mais relevante da safra de verão, o feijão, deve leve aumento da área de plantio (1%), próximo a 196 mil hectares, e crescimento de 3% na produção, chegando a quase 380 mil toneladas, conforme a estimativa do Deral.

A variação total da safra, contabilizando todos os produtos, deve ter produtividade 8% menor.

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