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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Um agricultor do interior do Rio Grande do Sul protagonizou uma história curiosa e perigosa. Nos últimos meses ele estava usando uma granada de 5 quilos como tranca para um galinheiro. O caso aconteceu na localidade de Caverá, no município de Rosário do Sul, a 20 quilômetros do município de Alegrete – na Fronteira Oeste. As informações são do jornal local Alegrete Tudo .

De acordo com a reportagem, o homem de 45 anos, que não teve o nome divulgado, encontrou um objeto que chamou sua atenção em uma de suas andanças pelo campo. Sem saber do que se tratava, ele colocou o artefato dentro de seu Fusca e rodou com o explosivo de guerra durante cerca de 40 dias, passando várias vezes pelo centro da cidade. Ele então tirou o objeto do carro - ainda sem saber do que se tratava -, que ficou esquecido dentro da sua propriedade.

Quase dois anos depois, familiares do agricultor foram fazer uma limpeza geral antes de uma festa que haveria no local. Foi nessa faxina que o cunhado do produtor constatou que era um artefato perigoso. Na ocasião ele estava sendo usado como “cadeado” de um galinheiro.

Na mesma hora, depois de constatar o fato, o familiar do agricultor levou esse objeto para longe da casa e acionou as autoridades. A Unidade Militar do 10º Batalhão Logístico, com sede em Alegrete, foi destacada para atender a ocorrência. Os oficiais do Exército então confirmaram se tratar de um tipo de granada e fizeram uma detonação controlada do material.

Ao jornal Alegrete tudo o major Fabrício Santos, que coordenou a ação, explicou que o artefato era para uso em tanques de guerra e que teria capacidade até mesmo para destruir um veículo blindado. O objeto, segundo ele, estava com uma pequena avaria no sistema de detonação, por isso não teria ocorrido nenhum acidente. “Se detonasse no carro não sobraria um pedacinho sequer”, disse o oficial.

Como a granada foi parar lá

Mesmo com o objeto enterrado a dois metros de profundidade, além dos sacos de areia que foram colocados para amortecer o impacto, o tremor causado pela explosão controlada pôde ser sentido de longe. Uma cratera com mais de dois metros de diâmetro ficou no local após o procedimento.

De acordo com o major, possivelmente a granada tenha pelo menos 40 anos pelo aspecto em que foi encontrada. Santos supõe que ela deva ter sido usada em algum treinamento naquela região. Moradores também confirmaram que há cerca de 50 anos aquela área era usada para treinamentos militares.

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