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Uma das maiores contribuições para o agronegócio brasileiro foi a descoberta da ferrugem asiática na soja, além de alertar os produtores sobre a necessidade do Vazio Sanitário. | /Reprodução
Uma das maiores contribuições para o agronegócio brasileiro foi a descoberta da ferrugem asiática na soja, além de alertar os produtores sobre a necessidade do Vazio Sanitário.| Foto: /Reprodução

O fitopatologista José Tadashi Yorinori, um dos mais conhecidos pesquisadores de soja do Brasil, faleceu na madrugada desta terça-feira (14), em Londrina (PR), no Norte do estado. Yorinori sofreu uma queda da escada, no fim de abril, e estava internado no Hospital do Coração. Ele morreu ao 72 anos.

Tadashi era engenheiro agrônomo, com mestrado nos Estados Unidos. Tinha mais de 40 anos de pesquisas dedicadas à soja, especialmente em doenças como a ferrugem asiática. É conhecido como pai ‘do vazio sanitário’, em referência ao período de proibição de permanência de plantas da oleaginosa nas lavouras.

O combate ao cancro da haste também foi outro estudo do fitopatologista. Descoberta no país em 1984, o fungo causava severas perdas, que podiam chegar até 100% da produção. Os prejuízos eram bilionários.

José Tadashi Yorinori trabalhou no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Atualmente, vinha atuando como consultor para produtores rurais e entidades ligadas ao setor produtivo no Brasil e no exterior. Ele deixa esposa, quatro filhos e três netos.

A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) divulgou uma nota lamentando a morte do fitopalogista. “Com seus estudos a agricultura brasileira conhecer e combater a ferrugem asiática, desta forma a prática do vazio sanitário foi difundida com êxito”, declarou o presidente da Aprosmat, Carlos Augustin.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja) decretou luto oficial por três dias, em virtude do falecimento, na noite de ontem, dia 13, em Londrina (PR), do pesquisador aposentado José Tadashi Yorinori, 72 anos. O velório será realizado na Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina e o sepultamento será hoje, dia 14, às 17h, no Cemitério São Pedro, em Londrina (PR). Tadashi estava internado desde o dia 28 de abril, quando caiu de uma escada em sua casa e sofreu traumatismo craniano.

José Tadashi Yorinori era engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Paraná, tinha mestrado na Universidade de Cornell e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Illinois (EUA). Com forte atuação no manejo e no controle de doenças, destacou-se pela ênfase no desenvolvimento de cultivares de soja com resistência a doenças. Dedicou-se intensamente na identificação e no controle das principias doenças de soja, desde a epidemia da mancha olho de rã, em 1972, e do cancro da haste, em 1989.

A partir da safra 2001/02, seus esforços foram direcionados à ferrugem asiática da soja, a mais severa doença da cultura. Ele foi um dos idealizadores do vazio sanitário, período de 60 a 90 dias em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja no campo. O objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra. “Tadashi estava sempre à frente dos novos desafios que limitavam a produção de soja no Brasil”, afirma o chefe-geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias. “Por sua dedicação às questões fitossanitárias era reconhecido, não só no Brasil, como em grande parte do mundo, principalmente na América Latina, Estados Unidos e Japão”, diz.

O pesquisador iniciou seu trabalho no Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e trabalhou na Embrapa Soja, de 1978 a 2007. Atualmente, atuava como consultor para produtores rurais e entidades ligadas ao setor produtivo no Brasil e no exterior. Tadashi deixa esposa, quatro filhos e três netos.

Mais informações em breve

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