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Silos  viraram o ano mais cheios  nos Estados Unidos. | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Silos viraram o ano mais cheios nos Estados Unidos.| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Os estoques de soja e milho dos Estados Unidos saltaram a níveis recordes no último trimestre de 2015, seguindo colheitas abundantes das duas culturas em uma temporada de cortes no consumo. Em relatório divulgado nesta terça-feira, o Usda, o departamento de Agricultura do país, mostrou também que, apesar de volumosa, a safra 2015/16 foi um pouco menor do que se previa. A produção de soja, que no mês passada era estimada pelo órgão em 108,35 milhões de toneladas, foi reajustada para 106,95 milhões (t)—volume praticamente igual ao colhido no ano passado – e a safra de milho foi recalculada em 345,49 milhões (t), abaixo das 346,82 milhões (t) de dezembro – em queda de 4,3% sobre a colheita anterior.

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Dados divulgados a cada três meses refletem avanço do consumo sobre a oferta.

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Mas, mesmo com a produção menor, as reservas norte-americanas aumentaram diante de uma demanda mais fraca nos mercados interno e externo. O Usda informou que os EUA tinham, em 1º de dezembro do ano passado, 73,8 milhões de toneladas da oleaginosa e 284,8 milhões de toneladas do cereal em seus armazéns. Os estoques totais de milho são praticamente idênticos aos apurados pelo Usda em 2014, mas as reservas, o volume estocado dentro das propriedades caiu 4% na comparação com o ano anterior. No caso da soja, tanto os silos localizados dentro das fazendas quanto os fora da porteira terminaram 2015 mais cheios do que um ano atrás.

Considerado pelo mercado como um termômetro do consumo de grãos, o relatório trimestral de estoques físicos do governo norte-americano mostrou que foram consumidos entre setembro e novembro 38,35 milhões de toneladas de soja (6% a menos do que em igual período de 2014) e 105,65 milhões de toneladas de milho (3 milhões de toneladas a menos que um ano atrás).

Oferta & Demanda

Do lado da demanda, as principais alterações promovidas pelo Usda no quadro norte-americano foram feitas nas estimativas de exportação, com cortes na soja e no milho. Segundo o órgão, os EUA devem enviar ao exterior 45,97 milhões (t) da oleaginosa e 43,18 milhões de toneladas do cereal na temporada 2015/16. No ciclo passado, os norte-americanos exportaram 50,13 milhões (t) e 47,35 milhões (t), respectivamente.

O governo norte-americano manteve inalterada a sua projeção para as vendas externas de soja do Brasil (em 57 milhões de toneladas) e incrementou em meio milhão a sua estimativa para as exportações brasileiras de milho no ciclo 2015/16, agora calculadas em 25,5 milhões de toneladas. Os números de colheita foram mantidos (em 100 milhões e 81,5 milhões de toneladas, respectivamente). Também não houve alteração nas projeções para a Argentina, que segue com safra estimada em 57 milhões (t) e 25,6 milhões (t).

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