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Atualmente, Argentina, junto com Estados Unidos e Paraguai, abastece o mercado brasileiro com trigo. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Atualmente, Argentina, junto com Estados Unidos e Paraguai, abastece o mercado brasileiro com trigo.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Logo na primeira semana de mandato, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, cumpriu uma das suas principais promessas de campanha. Nesta segunda-feira (14), anunciou decreto que suspende impostos sobre exportações de trigo, milho e sorgo. Em relação à soja, houve redução de 35% para 30%.

“Confio em vocês que podemos duplicar a produção de alimentos na Argentina”, declarou o presidente durante evento com produtores em Pergamino, município distante 220 quilômetros de Buenos Aires, uma das regiões agrícolas mais ricas do país.

O fim das retenções sobre o trigo beneficia o Brasil. O mercado brasileiro importa cerca de metade das 11 milhões de toneladas consumidas no país anualmente e o principal fornecedor é a Argentina. E neste ano a produção nacional teve quebra de mais de 1 milhão de toneladas por problemas climáticos.

“No curto prazo, o preço deve cair porque o produtor argentino não precisa mais esconder quanto de trigo tem. Com um número mais real da safra, a oferta aumenta e o preço fica pressionado”, avalia Carlos Hugo Godinho, economista da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). “No longo prazo, com o lucro 30% maior, os produtores devem plantar mais, também elevando a oferta.”

A Argentina deve exportar 6 milhões de t de trigo,perto de 60% de sua produção, principalmente para o Brasil.

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