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Apresentação do trabalho da Expedição Milho Brasil e palestra sobre mercado lotam recinto de leilões do Parque Francisco Feio Ribeiro. | Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo
Apresentação do trabalho da Expedição Milho Brasil e palestra sobre mercado lotam recinto de leilões do Parque Francisco Feio Ribeiro.| Foto: Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo

Maringá (PR) - Uma discussão sobre o momento decisivo do mercado global do milho, que reuniu pelo menos 250 produtores, especialistas e lideranças do agronegócio, marcou a passagem da Expedição Milho Brasil por Maringá nesta sexta-feira à noite. O evento, realizado para o lançamento da revista Agronegócio Gazeta do Povo especial Expoingá ocorreu no parque onde a feira vai ocorrer entre os dias 9 e 19 deste mês. Os dados da Expedição – que já percorreu Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná e segue viagem por São Paulo – deram base ao debate.

O consultor da FC Stone e especialista em comércio internacional Étore Baroni falou sobre a conjuntura e as tendências para o cereal no mundo. Neste momento, todos  querem saber o impacto que o atraso no plantio dos Estados Unidos, maior produtor global da commodity, vai trazer ao mercado de grãos. No ano passado, o Brasil foi o “queridinho” do mercado, define Baroni. O país exportou mais de 20 milhões de toneladas, mas neste ano a pergunta de R$ 1 bilhão é “quanto o Brasil vai conseguir embarcar de milho”, questiona.

“Teremos muito milho”, disse Baroni, em relação à colheita do milho de inverno. “Mesmo que tenhamos uma quebra na produção brasileira, os estoques serão muito altos e a tendência é que os preços sejam pressionados ao longo do ano”, projetou o especialista.

Os produtores estão preocupados porque, mesmo quando ocorrem altas pontuais na Bolsa de Chicago, as cotações internas não estão respondendo. A maioria conta ter suspendido as vendas e deverá esperar uma definição mais clara sobre a dimensão da safra norte-americana. “Plantei com investimento para colher 130 sacas por hectare, mas devo atingir 100 se começar a chover.  Os preços deveria estar em R$ 23 por saca para garantir margem lucrativa”, disse Helton Pelissoni, que deve acionar nos próximos dias as colheitadeiras para conferir os resultados de 200 hectares de milho.

Indicador milho de invernoO resultado do levantamento de campo realizado por  técnicos e jornalistas será publicado na na próxima terça-feira (7) no caderno Agronegócio da Gazeta do Povo e no site agrogp.com.br. A edição trará as estimativas de área, produtividade e produção da segunda safra de milho no Brasil.

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