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dos 9,2 milhões de hectares dedicados a soja no Mato Grosso, principal produtor nacional do grão, deverão ser replantados em função da falta de chuva no estado. De acordo com a Famato, o índice está dentro da média histórica. Porém, existe a possibilidade do trabalho de replantio ultrapassar os 5%. Neste caso, além do aumento no custo de produção, existe o risco de faltar semente. Técnicos da entidade analisam que as próximas duas semanas são cruciais para definir o tamanho da safra mato-grossense de oleaginosa.

pr/sp/sc/rs

A Expedição Safra Gazeta do Povo segue na estrada para percorrer mais quatro estados produtores de grãos. Ao longo dos próximos dias, a equipe de técnicos e jornalistas irá fazer o levantamento das condições das lavouras do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A projeção inicial é de atraso em função do excesso de chuvas nas últimas semanas. Acompanhe a viagem pelo site www.agrogp.com.br.

A safra de verão no Centro-Oeste do país está cercada de incertezas. O fenômeno climático El Niño transformou as chuvas em artigo de luxo durante o plantio no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com o solo sem umidade e o desenvolvimento da soja com estresse hídrico, a produtividade nas lavouras está em risco, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo, que cumpriu roteiro de 5 mil quilômetros pela região.

A situação nos dois estados é semelhante. Muitas áreas foram semeadas na poeira, na expectativa de que a chuva chegasse em breve, fato que não se concretizou. Com o aumento do custo de produção, muitos produtores, como Paulo Buzolin, de Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul, descartam replantar toda a área, assumindo a queda na produtividade.

Sem janela, área de milho safrinha encolhe

O impacto do atraso do plantio de verão não está limitado a perda de produtividade das lavouras. A espera prolongada pelas chuvas que chegou a 20 dias em algumas regiões encolheu a janela ideal de semeadura do milho safrinha.Assim, muitos produtores resolveram reduzir a área do cereal, caso de Osmar Tacarnoski, com propriedade em Nova Mutum, em Mat

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“[A soja] nasceu sob estresse, pois o sol queimou o caule da planta. Só irei replantar 520 hectares [do total de 2.040 hectares]. A produtividade da soja que ficar será de 40 sacas por hectare”, conta Buzolin.

De acordo com a analista Tainá Heinzmann, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), a produtividade média do estado deve ser de 52,5 sacas/há, apenas meia saca a mais em relação à temporada passada. Porém, somente as próximas semanas irão apontar para uma necessidade (ou não) de revisão dos números.

“A previsão é sem chuvas. Ou seja, com esse El Niño, tudo pode acontecer”, pontua Tainá. “O ideal seria o pessoal replantar e não abandonar a área. Mas sabemos que muitas regiões estão pressionadas com o custo de produção”, lamenta.

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