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Fiscalização de exportações em Foz do Iguaçu: trabalhadores foram orientados a não acessar nenhum sistema do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). | Arquivo/Gazeta do Povo
Fiscalização de exportações em Foz do Iguaçu: trabalhadores foram orientados a não acessar nenhum sistema do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Os auditores fiscais federais agropecuários entraram nesta segunda-feira (17) em estado de mobilização por 24 horas. Isto significa que até terça-feira (18), os funcionários públicos deixarão de realizar alguns serviços como a inspeção de cargas para exportação e em frigoríficos.

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), os trabalhadores foram orientados a não acessar nenhum sistema do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Nosso objetivo é atingir, apenas, o ministério e as grandes indústrias agropecuárias”, informa o presidente do Anffa Sindical, Maurício Porto.

O presidente do Anffa Sindical, Maurício Porto, diz que o serviço geral à população não deve ser afetado diretamente. “Nosso objetivo é atingir, apenas, o ministério e as grandes indústrias agropecuárias”, informa.

Reivindicações e ameaça

A categoria reivindica a autorização de concurso público para o preenchimento de 1.600 vagas e protesta contra medidas recentes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), como a contratação temporária de médicos veterinários para atuar na inspeção agropecuária em caráter emergencial.

“Nos últimos 20 anos, o mercado agropecuário brasileiro cresceu mais de 200%, e o número de fiscais federais agropecuários que atuam nele diminuiu mais de 35%. Essa defasagem, somada à ingerência política na escolha dos cargos de chefia, tornam a fiscalização mais vulnerável a corrupção e falhas, como as que levaram ao embargo americano da carne in natura brasileira”, argumenta Porto.

Outra crítica da categoria é quanto à incorporação do regime de escala de oito horas diárias nos postos de vigilância agropecuária nos portos, aeroportos e postos localizados nas fronteiras, com a possibilidade de ficar no máximo de 12 horas de trabalho por 36 de folga.

Anteriormente, o regime de escala funciona em plantões de 36 horas por descanso de 72 horas. “A redução não tem nenhum impacto positivo para a administração pública nem para o cidadão, e é uma tentativa do governo de esvaziar os cargos de fiscalização”, afirma Porto.

O sindicato ameaça uma nova paralisação parcial na próxima segunda-feira (24) com a duração de 48 horas, se não tiver as exigências atendidas.

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