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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Nos últimos anos, o Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, tem conquistado um novo patamar em seu funcionamento. Nos últimos seis anos, o volume movimentado no embarcadouro tem batido recordes consecutivos. Para 2017, a previsão é de mais uma marca histórica: 27 milhões de toneladas. Se atingido, o volume ficará 8% acima do que foi constatado em 2016 e o dobro do que era movimentado cinco anos atrás, em 2012 (13,9 milhões de toneladas).

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Tessutti Dividino, explica que uma série de investimentos no local justificam os números. “Preparamos o porto para o cenário de 2030. Independentemente se o produtor vai bater recorde de produtividade ou não, porque depende de clima, temos que estar prontos para receber maior quantidade, sempre que houver ganho de produtividade”, diz.

Dividino salienta que fazer obras estruturais como essas em um porto exige um esforço conjunto de todos os setores em um complexo logístico como o que a Appa adminsitra. “Fizemos R$ 600 milhões em obras sem parar o porto. É mais ou menos trocar o pneu com o carro andando. Todos os envolvidos se desgastam. Não são pequenos remendos, são estruturantes para promover um atendimento melhor”, pontua.

Mudanças

Uma das principais mudanças na organização do porto foi a demolição de armazéns antigos, da década de 1960 e 1970, para dar mais espaço a manobras no corredor de exportações. “Retiramos quase todos os armazéns, falta mais um que tem que desmontar algumas coisas. Abrimos novas áreas, novos pátios para atender cargas de maior valor. Hoje, nessa área, movimentamos, por exemplo veículos, ônibus, máquinas, tratores, pás eólicas. Temos que ter estrutura que o cliente do ano 2017 para frente deseja”, relata o diretor-presidente.

Para os próximos anos, os investimentos do governo do estado no porto pretendem atingir a marca de R$ 1 bilhão – já contando os R$ 600 milhões investidos no local. “Reformamos basicamente todos os berços de atracação, uma obra que desde que o porto foi construído não tinha ocorrido nesse porte. Trocamos todos os cabeços [estrutura para amarrar os navios no cais] e todas as defensas [proteções entre a beira do porto e navios]. Hoje, somos o único porto 100% dragado pelo projeto geométrico e, além disso, estamos fazendo a dragagem de aprofundamento. Estamos enxergando navios que vão chegar na próxima década”, sinaliza Dividino.

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