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TUK TUK AGRÍCOLA

Saem os tratores, entram os triciclos

Aproveitando novo nicho de mercado do agronegócio, empresa abre primeira unidade do Paraná. Agricultores usam criatividade para adicionar itens de pulverização e cargas

Fábrica da Motocar: custo de triciclos são mais baixos que de utilitários, garante diretor da empresa | Divulgação/Motocar
Fábrica da Motocar: custo de triciclos são mais baixos que de utilitários, garante diretor da empresa (Foto: Divulgação/Motocar)

Frederico Taveira é produtor rural em Silvania, a 100 km de Goiânia. Há um ano, ele resolveu fazer uma conta para reduzir custos com transportes na propriedade. A solução foi adotar triciclos.

“Percebi que seriam melhores que tratores para serviços como deslocamento de funcionários para consertos da fazenda e para o transporte de algumas cargas. Além disso, muitas vezes meus funcionários precisam ir à cidade ou transportar peças grandes que não cabem em motos”, conta o produtor, que comprou duas unidades já moldadas para a fazenda.

A solução é uma novidade para o mercado de agronegócios, segundo Carlos Araújo, diretor comercial da Motocar. A empresa especializada no transporte em três todas está abrindo sua primeira unidade paranaense nesta quarta-feira (19), em Curitiba.

“Se você avaliar em um ano o custo de manutenção e combustível, por exemplo, de um veículo utilitário leve na fazenda, ele chega à casa de R$ 1,70. Com o triciclo ele cai para R$ 0,69 centavos”, explicou Araújo à Gazeta do Povo. Os preços variam entre R$ 19 e R$ 23 mil para versões com caçambas abertas e fechadas.

“O triciclo facilita o dia a dia do trabalho no campo porque é um transporte de tamanho acessível, perfeito para lugares estreitos. Eles são capazes de transportar cargas pesadas em todos dos tipos de terreno”, completa.

Apesar disso, é a criatividade do produtor que pode fazer a diferença. Como essa modalidade de máquina agrícola não vem com itens adicionais, como um pulverizador, por exemplo, a adaptação pode ficar por conta do comprador. “Vai servir para pulverização quando a lavoura estiver baixa, você consegue usar em lavouras de soja e milho”, confirma o produtor Frederico Taveira .

“Quando o produto sai da concessionária não sabemos o que o cliente vai fazer. Mas no interior de Goiás e São Paulo, por exemplo, vemos que muitos utilizam para transporte de sal e ração”, revela Araújo.

Além da economia, equipamentos agrícolas podem ser financiados pela linha de crédito do Pronaf: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Mas quem não quer ou não tem a verba pode até mesmo adaptar uma motocicleta para o serviço, como fez este rapaz de Santa Catarina:

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