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“Se não trouxer os problemas agora, a operação vai pegar lá na frente”, disse. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
“Se não trouxer os problemas agora, a operação vai pegar lá na frente”, disse.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, vai reunir na próxima segunda-feira todos os superintendentes estaduais na Pasta. “Quero ter uma conversa clara, direta”, informou. Na reunião, os representantes terão a oportunidade de relatar eventuais dificuldades e “desconfortos” na condução das atividades do ministério na ponta estadual. “É fale agora ou cale-se para sempre”, explicou. “Se não trouxer os problemas agora, a operação vai pegar lá na frente.”

Maggi afirmou que algumas superintendências são alvo de disputa de grupos políticos. E, por vezes, o superintendente é de um grupo e suas equipes são alinhadas a outro, o que prejudica o funcionamento da fiscalização.

“Se o superintendente disser que não está confortável porque tem indicação de A ou B, não tem problema, faremos as substituições”, explicou.

Em sua edição de ontem, o Estado mostrou que 19 das 27 superintendências são ocupadas por indicados políticos, um problema que está na raiz das irregularidades encontradas pela Polícia Federal na operação Carne Fraca. Maggi já exonerou os superintendentes de Goiás e do Paraná, onde foram encontrados os problemas. Para lá, serão enviados interventores de Brasília, que ele ainda está selecionando. Nas demais superintendências, ao menos por ora, ele não pretende fazer mudanças.

Guerra fratricida

O ministro disse que quer enviar, como interventores, pessoas de fora dos Estados para que tenham visão isenta, uma vez que essas superintendências estão tomadas por disputas políticas. Em audiência no Senado, Maggi disse que há uma “guerra fratricida” em algumas. “Pressão política, claro que existe”, disse ele, respondendo a questionamentos da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) sobre o tema. Ele acrescentou que Gleisi, já tendo exercido a chefia da Casa Civil “sabe como são os procedimentos, como isso acaba acontecendo.”

Ele se recusou a responder à senadora sobre por que o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, continua no cargo mesmo após ter sido apontado como o “epicentro” da operação.

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