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Expectativa é de que o público ultrapasse as 500 mil pessoas. | Lineu Filho/Gazeta do Povo
Expectativa é de que o público ultrapasse as 500 mil pessoas.| Foto: Lineu Filho/Gazeta do Povo

Os 11 dias da 53ª Exposição Agropecuária de Londrina serviram como termômetro para medir o ambiente do agronegócio em 2017. E o resultado foi mais do que satisfatório na avaliação do presidente da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Afrânio Brandão, que organiza o evento. Os números finais de público e movimentação financeira devem ser divulgados nos próximos dias, mas, de acordo com Brandão, a expectativa é bater os R$ 400 milhões em acordos fechados, além de R$ 200 milhões em negócios prospectados, ou seja, que ainda podem se concretizar.

Confira nesta entrevista ao Agronegócio Gazeta do Povo a primeira avaliação da SRP sobre a ExpoLondrina, após o encerramento da feira, neste domingo (9).

Afranio Brandão também participou do encerramento da Expedição Safra, que ocorreu em Londrina, durante a exposição.Lineu Filho/Gazeta do Povo

Agronegócio Gazeta do Povo: como foram os negócios nesta ExpoLondrina? A feira serviu para indicar como o mercado deve se comportar em 2017?

Afrânio Brandão: A nossa visão é muito otimista, estamos muito felizes com o que aconteceu. Hoje temos 13 milhões de desempregados no país; depois, veio o baque da carne fraca, tivemos problemas sérios; a safra está terminando e vamos bater um recorde de colheita, os preços da soja e do milho caíram; Apesar disso tudo, a feira foi um sucesso, vários estandes, com pouquíssimas exceções, bateram recordes de venda, como na área gastronômica, em concessionárias de carros e máquinas agrícolas. Os bancos que estavam lá dentro também bateram recordes de financiamentos e prospectaram diversos negócios. Ano passado, tivemos R$ 400 milhões em negócios gerados e R$ 200 milhões em negócios prospectados, acredito que esse número vai ser atingido.

AgroGP: Em relação aos leilões, como foi o comportamento do mercado?

AB: Nós tivemos um prejuízo grande com a carne fraca, com as exportações, mas isso não influenciou aqui na feira. A venda é de animais para daqui a oito, dez meses. O mercado está esperançoso e vendo que a nossa carne é forte. Estamos fechando os números, mas, por exemplo, houve um leilão em que não se vendeu 100% dos lotes no dia. Foram negócios de 150 cabeças que no outro dia se concretizaram. Os números são expressivos, tivemos leilões de nelore com um valor bastante significativo. Num deles, com gados de elite, a média de preço foi de R$ 47 mil reais. E isso em apenas um dos leilões. Mas também tivemos um leilão de ovinos em que se pagou em média R$ 6,8 mil por cabeça de ovelha.

AgroGP: Como o público participou da ExpoLondrina?

AB: O público foi positivo. Neste domingo, o parque estava completamente lotado, com mais de 50 mil pessoas. Tivemos só um dia de chuva, mas que era tão necessária para nossos produtores que, no geral, foi até benéfica. A meta é chegar ao público do ano passado, de 500 mil pessoas.

AgroGP: E para 2018, quais são as metas?

AB: Um ponto muito importante neste ano foi a área tecnológica, fizemos muitos investimentos nisso. A grade de palestras técnicas era grande e estávamos até preocupados com a chance de que não houvesse demanda para ela, mas todas as palestras ficaram lotadas e houve o pedido para que a gente amplie ainda mais esse trabalho em prol do desenvolvimento. Para 2018, vamos continuar enfatizando a tecnologia. Esse é o foco, com palestras e inovação. Temos que partir para esse lado, porque, se não for assim, não conseguiremos avançar, nenhum setor consegue avançar.

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