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As novas agências já contam com o novo logotipo, com conceito voltado ao mundo digital. | Divulgação/
As novas agências já contam com o novo logotipo, com conceito voltado ao mundo digital.| Foto: Divulgação/

O desenvolvimento do agronegócio e do Sicredi (instituição financeira cooperativa) se confundem nas páginas da história recente do Brasil. Mas, nos últimos anos, tem ocorrido uma mudança considerável na postura da organização. A instituição financeira aderiu a um “êxodo rural” e aposta agora suas fichas para cativar um novo público, nas cidades, em todo o país. Ao que parece, pelo menos nos resultados apresentados pela cooperativa nesta segunda-feira (10) na sua sede administrativa, em Porto Alegre, tem dado certo.

Em julho de 2016, o Sicredi atingiu a marca de 3,3 milhões de associados. São mais de 1,5 mil agências espalhadas por 1.098 cidades em 20 estados, em todas as regiões do país. O perfil do cliente surpreende quem pensa que a instituição é mais voltada ao ambiente rural, como ainda persiste no imaginário geral. Entre os mais de 2,9 milhões de associados que são pessoas físicas, 580 mil são do segmento agro (20%), o restante é de gente que vive na cidade.

Até pouco tempo atrás, o Sicredi tinha presença limitada a 11 estados. Essa expansão para todas as regiões ocorre enquanto os bancos tradicionais amargam queda nos lucros em meio à crise econômica. No primeiro semestre deste ano, a cooperativa teve um crescimento de 27,9% nos rendimentos, atingindo R$ 900 milhões. Os ativos da empresa alcançaram R$ 62,1 bilhões no primeiro semestre de 2016 – aumento de 24,6% no comparativo com o mesmo período de 2015.

Edson Nassar, CEO do Sicredi, revela que o plano de expansão tem planejamento até 2020. E apesar de o projeto dar à entidade ares de um gigantismo próprio dos bancos, o sistema continua com seu DNA calcado no cooperativismo. “As assembleias são nosso momento de ouro, onde o associado diz desde que está faltando um ponto no extrato às mais diversas sugestões”, exemplifica. “Todo o conteúdo é sistematizado, a assembleia é o que temos de mais valioso dentro do nosso sistema”, enfatiza, sem esconder que lidar com essa quantidade de opiniões é um desafio que exige processos bem delimitados e disciplina rigorosa.

Reposicionamento de marca

No próximo ano, a marca do Sicredi passa por um reposicionamento, inclusive visual, que marca os planos de expansão a todo o Brasil. As agências que estão sendo abertas já recebem o novo logotipo e a programação visual. Um dos exemplos é o prédio aberto neste ano na Avenida Paulista, em São Paulo, capital, que já conta com um conceito voltado ao mundo digital e com o novo padrão de layout aplicado. Os locais que necessitarem de reformas em fachadas vão ser reformulados com o passar do tempo, nada de gastos faraônicos para fazer uma mobilização nacional. “Esse é um exemplo de como as coisas funcionam no cooperativismo, com sócios atuantes e que cobram austeridade e eficácia na gestão”, diz Nassar.

* o jornalista viajou a convite do Sicredi.

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