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Governo adiou  aposentaria de  pistolas de vacinação contra aftosa. |
Governo adiou aposentaria de pistolas de vacinação contra aftosa.| Foto:

O rebanho bovino do Paraná continuará sendo vacinado contra a febre aftosa. Após cogitar fazer a última imunização dos animais em maio, o governo estadual confirmou que a etapa de novembro será mantida por “cautela”.

Conforme a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), a mudança ocorreu porque ainda não foram implementadas todas as medidas visando o status internacional como área livre da doença sem vacinação. Ainda assim a entidade garante que não houve recuo ou prejuízo ao cronograma das ações em busca do reconhecimento externo.

A situação combalida das finanças do Paraná pesou na decisão de manter a campanha de novembro. Em nota, a Seab informou que “nem todas as ações estruturantes [para a busca do status de área livre sem vacinação] foram suficientemente implementadas, em face da crise econômica e das dificuldades orçamentárias. ”

A nomeação de 169 novos técnicos para a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) foi concretizada e os profissionais estão passando por treinamento antes de iniciarem as atividades. No contraponto, o estado ainda não conclui as obras de adequação dos 23 postos de fiscalização nas regiões de divisa.

O presidente da Adapar, Inácio Kroetz, argumenta enfaticamente que não houve qualquer recuo ou mudança de planos. “A prudência nos levou a manter o calendário, seguindo o fluxo natural. Neste momento não temos estrutura para ‘peitar’ o fim da vacinação”, explicou, em palestra para os novos técnicos da entidade.

Ele assume que a suspensão da vacina não pode ser adotada na última hora. “A suspensão da campanha de novembro tem que ser informada, no máximo, até julho, para que o setor possa se programar. Também estou frustrado, mas não dá para ser irresponsável nessa situação”, acrescentou.

O adiamento é ponderado pelo setor produtivo. A Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep) cobrou publicamente a Adapar para que o fim da vacinação não passe de maio do ano que vem, evitando novas postergações. “É um processo, temos que entender. Não queremos que o produtor entre em uma fria, mas sabemos que a pecuária poderia estar acessando mercados melhores se as ações estivessem mais adiantadas”, pontua o presidente da Faep, Ágide Meneguette.

Indústria segue em investida nos EUA

A indústria de carne bovina segue confiante quanto ao início das exportações para os Estados Unidos, e o rebanho do Paraná pode ser contemplado nesse mercado. A avaliação parte do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, que palestrou para os novos técnicos da Adapar na semana passada. Ele revelou que falta apenas “uma sintonia fina entre os protocolos sanitários norte-americanos e do Brasil”. “Mas em 30 dias o país já pode ser auditado.”

Camardelli minimizou as críticas feitas à sanidade brasileira no último relatório de inspeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em janeiro de 2014. “Jamais os Estados Unidos deixariam que fosse feito o anúncio de abertura comercial se ele não tivesse legitimidade. O Brasil já foi aprovado em todas as etapas de avaliação de risco”, pontuou.

100 mil tonde carne bovina poderão ser exportadas pelo Brasil para os Estados Unidos em até cinco anos, projeta o governo federal. 13 estados e Distrito Federal estão aptos a vender proteína aos norte-americanos.

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