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Demanda internacional aquecida favorece expansão da suinocultura brasileira | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Demanda internacional aquecida favorece expansão da suinocultura brasileira| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceiro maior grupo brasileiro de proteína animal, vai ampliar em 10% o abate diário de suínos até o final do ano. O volume crescerá dos atuais 18.000 para 19.825 cabeças/dia. A matéria-prima adicional será destinada à industrialização da carne suína - como embutidos, linguiça e hambúrguer - sendo 75% votados ao mercado interno e 25% para as exportações.

O presidente da cooperativa, Mário Lanznaster, diz que o investimento acompanha a melhoria do cenário econômico, em contraste com o ano passado, quando a alta do dólar e a escassez de milho no mercado interno impactaram fortemente os custos de produção. “Mesmo assim, a suinocultura brasileira teve um bom desempenho nas exportações, ampliando nossa presença, especialmente na Ásia. A Rússia retomou com força o nível das importações e as vendas para Hong Kong também tiveram um aumento considerável. Com a habilitação de novas plantas, a China se consolidou entre os cinco maiores compradores de carne suína do Brasil.”

As plantas da Aurora instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul vão operar com a capacidade ampliada ainda neste mês de outubro. Já a unidade de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul, atingirá a meta em janeiro de 2018.

O planejamento da cooperativa prevê que, até 2025, a Aurora atingirá abate de 25.000 suínos/dia. No ano passado, as sete plantas industriais de suínos da cooperativa abateram 4,54 milhões de cabeças. Neste ano, o abate fechará em 4,71 milhões de suínos, um aumento de 3,77%, ou 171.390 animais.

A produção integrada do sistema Aurora e suas cooperativas filiadas envolve, na cadeia de suínos, 3.444 produtores cooperados, 199 mil matrizes e um plantel permanente de 1 milhão e 800 mil animais a campo.

O otimismo da Aurora é confirmado pelos números. Em 2017, as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos) acumulam divisas 17,6% superiores na comparação com os nove primeiros meses de 2016.

Na semana passada, a Frimesa Cooperativa Central iniciou as obras de infraestrutura do maior frigorífico de carne suína da América Latina, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, com investimentos de R$ 900 milhões. Em 2028, a cooperativa passará a abater 28 mil cabeças por dia, contra uma média de 7,1 mil atualmente.

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