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O defeito no dispositivo de abertura das bolsas infláveis fabricadas pela empresa japonesa Takata veio à tona em 2013. | Arte/Guilherme Paixão
O defeito no dispositivo de abertura das bolsas infláveis fabricadas pela empresa japonesa Takata veio à tona em 2013.| Foto: Arte/Guilherme Paixão

Se você é daqueles que não dão a devida importância aos recall s, seja não comparecendo à concessionária ou adiando o máximo possível para corrigir o problema , é bom rever essa postura. Ela pode colocar em risco a sua segurança e a dos passageiros que transporta. Situação que pode agravar se o seu veículo estiver na lista dos modelos equipados com os ‘airbags mortais’.

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Em 2013, veio à tona o defeito no dispositivo de abertura das bolsas infláveis fabricadas pela empresa japonesa Takata, fornecedora de grandes montadoras.

No ano seguinte, o problema ganhou proporções mundiais ao ser associado a mortes de usuários que dirigiam veículos equipados com o componente.

Consulte os modelos envolvidos nos recalls

Até o momento, foram 22 ferimentos fatais causados por fragmentos metálicos do insuflador, que acabaram projetados na direção dos ocupantes após uma colisão frontal de intensidade moderada ou severa.

Segundo noticiou o jornal The New York Times, dos Estados Unidos, as lesões seriam semelhantes a de facadas, uma vez que a morte de um motorista acidentado em um carro equipado com airbags Takata fora investigada inicialmente como homicídio, devido ao tipo de ferimentos encontrados no corpo do condutor.

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Atualmente, cerca de 55 milhões de veículos foram convocados ao redor do planeta para a verificação e possível troca do dispositivo.

No Brasil, o número ultrapassa a 2 milhões de unidades de diversas marcas, como Audi, FCA Automobiles (Fiat, Chrysler, RAM e Jeep), Ford, Honda, Mitsubishi, Nissan, Toyota e Volkswagen.

Deste total, apenas 800 mil atendeu à convocação. Não há prazo para comparecer à revenda. Em qualquer data, a montadora é obrigada a verificar e solucionar o eventual defeito apontado em recall.

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US$ 200 milhões de multa

Em novembro de 2015 o National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão dos Estados Unidos que regulamenta o setor de transportes, aplicou uma multa recorde de US$ 200 milhões (R$ 695 milhões na cotação atual) à Takata pelo recall global de airbags defeituosos.

Stephanie Erdman, durante o depoimento na comissão do Senado dos EUA sobre o acidente com o airbag da Takata.

Vítima que quase perdeu a visão disse que não sabia do recall

Uma das vítimas do airbag da Takata foi Stephanie Erdman, da Força Aérea Americana, que testemunhou na comissão do Senado dos EUA sobre seu acidente acontecido em 2013 quando dirigia seu Honda Civic 2002, em Destin, na Flórida.

Ela estava dirigindo e, quando o acidente ocorreu - descrito em seu depoimento como um ‘impacto frontal moderado’ -, um estilhaço do insulflador perfurou o seu seio direito, atingiu seu nariz e foi parar perto do olho direito. Erdman disse que passou por várias cirurgias e até terapia e que sua visão está comprometida para sempre.

A vítima afirmou ainda que nunca recebeu um aviso de recall, que a Honda admitiu ter lhe enviado em 2010, e que durante as três visitas de serviço que fez ao concessionário antes do ocorrido, nunca foi informada de que o modelo estava envolvido no chamado de reparo.

Um estilhaço de metal do insulflador foi parar próximo ao olho da norte-americana Stephanie Erdman, que teve de passar várias cirurgias para reconstruir esta região da face.Reprodução/Youtube
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