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A   capa sempre mostra a garagem de algum colecionador da cidade. Folhinha está na sua quinta edição. | Guto Tarasiuk/Divulgação
A capa sempre mostra a garagem de algum colecionador da cidade. Folhinha está na sua quinta edição.| Foto: Guto Tarasiuk/Divulgação

Em 2013, o colecionador apaixonado por carros antigos Carlos Alberto Grocoske materializou um antigo sonho: lançar um calendário ilustrado por veículos que fizessem parte do acervo da Confraria Curitiba, um grupo de 13 antigomobilistas idealizado por ele em 2009.

Surgia o ‘Clássicos de Curitiba’, ideia que virou um sucesso entre os amantes do gênero, sempre com diferentes modelos a cada ano, já que a frota dos amigos da Confraria é generosa.

Quando lançamos um calendário novo, criamos um problema: ninguém quer tirar o antigo da parede. Aí, acaba-se colocando outro prego.

Carlos Grocoske  criador do calendário Clássicos de Curitiba, falecido em setembro.

A edição 2017 acaba de sair do forno (veja como adquirir o seu) e desta vez com um significado muito especial. Será a primeira sem que Carlinhos, como era conhecido, possa pendurar na parede mais um exemplar da sua criação.

Confira os 12 modelos que ilustram o calendário 2017

O empresário do ramo da hotelaria faleceu em setembro, aos 76 anos. Um de seus carros, um Mercedes-Benz C280 Elegance, ano 1995, é o destaque de fevereiro.

A Mercedes-Benz C280 Elegance, de Carlos Grocoske .Guto Tarasiuk/Divulgação

Além do sedã alemão, a lista conta ainda com outras preciosidades, como um Chevrolet Roadster 1925, um Jeep CJ3 1951, um Mercury Montclair Sun Valley 1955, entre outros.

Edição 2016: Calendário mostra carros clássicos o ano inteiro

Edição 2015: Relíquias na parede

Edição 2014: Calendário de Clássicos

Edição 2013: Clássicos fazem história em Curitiba

Mesmo sem o seu mentor, a Confraria cumpriu a vontade de Grocoske e finalizou a 5.ª edição do calendário. “A capa sempre mostra a garagem de algum colecionador e mantemos essa regra (conforme estipulada pelo idealizador). O objetivo é movimentar o meio do antigomobilista e fazer com que cada mês a gente curta um clássico diferente”, diz o filho Antonio Grocoske, que mantém viva a paixão do pai por automóveis antigos.

Essa folhinha tem por objetivo celebrar a amizade de longa data entre os membros do grupo e familiares

Idem

Segundo ele, a iniciativa já recebeu homenagens da Câmara Municipal de Curitiba e do Corpo de Bombeiros, e conta com o apoio de empresas tradicionais da cidade, como o Curitiba Antique Car, Cars Autorepair System, Magma Pro e Madero.

O calendário traz em cada mês, além das fotos dos carros, a data de fundação dos clubes de veículos do Paraná e de nascimento dos fundadores de marcas automotivas, como Louis Chevrolet (25/12/1878) e Henry Ford (30/7/1863).

Como adquirir o calendário

São 1.500 exemplares, o mesmo número das quatro edições anteriores, que alcançam cerca de 250 cidades e até outros países, como Alemanha, Itália, Áustria, Israel, Estados Unidos e Argentina.

A distribuição é gratuita e os interessados podem solicitar o seu exemplar pelo e-mail classicosdecuritiba@gmail.com. Para quem não reside em Curitiba, basta enviar o endereço que a Confraria envia pelos Correios.

  • JANEIRO - Porsche 928, ano 1987: primeiro modelo V8 com motor dianteiro 5.0. O superesportivo, de 320 hp, chegou ao mercado norte-americano para brigar com Ferraris e Mercedes. Proprietário: Constantino Baumle (engenheiro).
  • FEVEREIRO – Mercedes-Benz C 280 Elegance, ano 1995: com motor de 6 cilindros, de 195 hp, marcou a entrada dos modelos importados no Brasil, virando um campeão de vendas no segmento premium. Atualmente é um veículo bastante procurado por colecionadores. Proprietário: Carlos Grocoske (in memorian).
  • MARÇO – Chevrolet Stylemaster Coupe, ano 1946: impulsionado por um motor 6 cilindros, de 90 HP, era tido como um modelo que não quebrava. Sua mecânica era uma das mais confiáveis, ao ponto de parte dela ser herdada pelo Opala no Brasil. Proprietário: Luiz Fernando Bettega (advogado).
  • ABRIL – Dodge Magnum, ano 1980: veículo nacional com características de um importado para época. Vinha equipado com motor V8, de 215 hp, e câmbio automático. Destacava-se também pelo conforto e requinte, com estofados em veludo e ar-condicionado. Proprietário: Alexandre Gross (Maquetista).
  • MAIO – Volkswagen Kombi, ano 1967: a van nacional com seu motor refrigerado a ar é uma dos carros mais idolatrados do mundo. Foi vendido no Brasil de 1957 a 2013. Muitas famílias brasileiras tiveram parte de sua história contada a bordo de uma Kombi. Proprietário: Dorival Picolli Jr (empresário).
  • JUNHO – Jeep CJ3, ano 1951: único carro do calendário cuja o dono é uma mulher. O Jeep, com propulsor de 47 hp, é uma réplica do veículo militar usado na 2ª Guerra Mundial. A proprietária ganhou como herança do pai. Proprietária: Simone Grocoske (empresária)
  • JULHO – Chevrolet Standard Phaeton, ano 1934: ficou famoso pelo motor com 6 cilindros, de 60 hp, e carroceria desenhada pelo estúdio Fisher, referência à época. Foi reformado nos anos de 1980 e hoje é considerado um modelo de valor colecionável mundialmente reconhecido. Proprietário: Luiz Heller (empresário).
  • AGOSTO – Mercedes 220 Cabriolet A, ano 1952: é uma das poucas unidades em circulação no Brasil. Possuía linhas modernas para época. O conjunto mecânico é formado por um propulsor de 6 cilindros com dupla carburação e suspensão independente nas quatro rodas. Vinha de fábrica acompanhado das malas já definidas para o espaço do porta-malas. Proprietário: Luiz Wendler (médico).
  • SETEMBRO – Packard 110 de Luxe, ano 1941 – considerado um ícone pelos colecionadores, era um modelo feito para clientes da alta sociedade. Usava material nobre no estofamento e acabamento de painel. Outra unidade bastante rara de se ver pela cidade. O motor com 6 cilindros rende 100 hp. Proprietário: Antonio Kowalski (empresário).
  • OUTUBRO – Chevrolet Roadster, ano 1925 – tinha como peculiaridade a exigência de lubrificações do motor antes da partida e depois também das rodas. Era um veículo muito frágil, por isso poucas unidades resistiram ao tempo. Trazia um motor de 20 hp. Proprietário: Luiz Fernando Grocoske (médico).
  • NOVEMBRO – Mercury Montclair Sun Valley, ano 1955 – é um verdadeiro clássico americano, com um potente motor de 8 cilindros, capaz de gerar 198 hp. Chama a atenção também pelo teto transparente. O primeiro proprietário foi Jofre Cabral e Silva, ex-presidente do Atlético e fundador do Santa Mônica Clube de Campo. Proprietário: Sérgio Cabral (empresário).
  • DEZEMBRO – GMC 101-22, ano 1951: a picape é um dos marcos para a construção do país, sendo usada com frequência para o transporte de carga em qualquer tipo de terreno. Sua mecânica era confiável e de fácil reparo, com motor de 6 cilindros e 90 hp. Atualmente faz parte do acervo de veículos antigos da rede de restaurantes Madero. Proprietário: Restaurante Madero.
  • Carlos Alberto Grocoske, idealizado do calendário ‘Clássicos de Curitiba’, falecido em setembro passado.
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