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O up! I-Motion é o modelo automatizado mais barato do Brasil. O preço tabelado dele é de R$ 30.990, R$ 2,1 mil a mais que a versão manual | Fotos: Divulgação
O up! I-Motion é o modelo automatizado mais barato do Brasil. O preço tabelado dele é de R$ 30.990, R$ 2,1 mil a mais que a versão manual| Foto: Fotos: Divulgação

Opinião

Conforto e comodidade incentiva automáticos

Paulo Barros, gerente de produto do grupo Metronorte

Tendo em vista que o consumidor passa muito tempo no trânsito, a transmissão automática agrega conforto e comodidade. As montadoras estão investindo pesado, principalmente nos veículos de baixo valor. Acredito que a alta do seguimento está na tecnologia mais acessível dos veículos de menor valor. Antigamente, além do custo elevado, ela não estava disponível ou não era eficiente nos motores mais fracos. Além do baixo custo de manutenção, os automáticos ganharam tecnologias que tornaram a dirigibilidade mais gostosa e o consumo equivalente ao manual.

Transmissão

Conheça os tipos de câmbio que dispensam a troca de marchas manual

Automatizado

É a transmissão manual operada por uma embreagem eletrônica, que é acionada enquanto o motorista acelera. É mais barato, mas menos confortável que as outras opções.

Automático tradicional

O sistema usa um conversor de torque no lugar da embreagem. Na maioria dos casos, garante trocas suaves e sem trancos, mas é menos econômico que o automatizado.

CVT

Sigla usada para Transmissão Continuamente Variável, a troca de velocidades se dá por meio de polias controladas eletronicamente, que ficam ligadas a uma correia. Não possui um número definido de marchas.

Dupla embreagem

Trata-se de um câmbio automatizado com duas embreagens que se revezam na troca de velocidades – uma faz as pares e a outra as ímpares. Ágil nas transmissões, ela proporciona uma direção mais suave e quase não apresenta trancos.

  • O Honda Fit tem como opcional a versão com câmbio CVT, sem número de marchas definido e que equipa outros modelos da montadora
  • Equipado com dupla embreagem, o Focus S 1.6 custa R$ 67.590
  • O Chevrolet Onix LT 1.4 automático sai das lojas por R$ 46,7 mil

Ter um carro com câmbio automático já foi um status para poucos. Mas como muitas tecnologias embarcadas nos automóveis, ela também se popularizou no Brasil, o que incentivou mais motoristas a investirem em modelos para descansar o pé esquerdo.

Antes disponível apenas nos ‘carrões’, a transmissão passou a ser encontrada em modelos de entrada, como o VW up! Entretanto, a opção apresenta diferença de preço aos consumidores, que varia de acordo com a marca, o modelo e o tipo de câmbio.

De maneira geral, a transmissão mais barata é a automatizada, que ‘simula’ uma troca automática de marchas por meio de um dispositivo acoplado ao veículo, que aciona o comando eletronicamente. Embora apresente mais trancos do que a tradicional, a configuração tem como vantagem a maior economia no consumo de combustível.

Além disso, não é preciso tanto dinheiro para descolar um modelo desses. Por R$ 30.990, por exemplo, pode-se levar para casa um VW up! Move 1.0, o mais barato do mercado, R$ 2,1 mil mais caro em relação à versão manual.

A VW, aliás, ocupa também o segundo e o terceiro lugar no ranking dos automatizados com preços mais atrativos, com o Gol Trendline 1.6 (R$ 39.630) e o Fox 1.6 (R$ 42.550), respectivamente. Um pouco acima dessa faixa de preço está o Palio Essence 1.6 (R$ 43.944) e o Chevrolet Agile LTZ 1.4 (R$ 46.590). Com o mecanismo, ambos saem por R$ 2,5 mil a mais que o manual.

Automáticos ‘pra valer’

Apesar de compensarem pelo preço e pela economia, os automatizados não trazem o mesmo conforto dos automáticos tradicionais. Estes têm como vantagem a troca de marchas mais suave, mas, por outro lado, têm como ponto negativo o fato de serem mais ‘beberrões’. Por menos de R$ 50 mil, porém, é possível adquirir modelos assim, como o Chevrolet Onix LT 1.4 e o Hyundai HB20 Comfort Plus 1.6, que custam cerca de R$ 46,7 mil, R$ 3,3 mil a mais que as versões manuais.

Já entre os modelos mais sofisticados, a presença da transmissão é quase absoluta. E à medida que o preço sobe, há também outras alternativas de câmbio. O CVT (Transmissão Continuamente Variável), que é adotado pelo Toyota Corolla, o Honda Fit e o Renault Fluence, por exemplo, se diferencia por não ter um número específico de marchas, possibilitando uma dirigibilidade com aceleração contínua e confortável.

E há ainda o câmbio automático de dupla embreagem, que proporciona um melhor desempenho e maior economia de combustível aliados a trocas quase imperceptíveis. Tecnologia mais cara que as convencionais, ela está presente em veículos como o Ford Focus S 1.6, que custa R$ 67.590. Já o VW Golf Comfort Line 1.4, que também é equipado com essa opção, sai por R$ 73.990, valor R$ 7 mil superior ao manual.

Para consumidor, adaptar-se ao câmbio é rápido

Trocar o câmbio manual pelo automático gerou desconfiança no administrador de condomínios Cícero Donizete de Souza, acostumado em controlar as velocidades do carro no pedal e no cabo da embreagem. "Eu nunca tinha dirigido um carro com câmbio automático antes. Achei que ia ser um pouco difícil, principalmente a minha adaptação ao dirigir", lembra ele.

Mesmo assim, Souza decidiu arriscar depois de ouvir comentários positivos de um amigo. Ele trocou então o Chevrolet Meriva manual por um Chevrolet Spin automático, e se surpreendeu com o resultado. "Já devia ter feito isso há mais tempo. Compensa muito pelo conforto. E a adaptação foi bem fácil", conta o administrador.

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