Quando se vê um carro mais antigo pelas ruas a impressão é de que são mais robustos e resistentes que os modelos atuais. Pelo menos muita gente acredita nisso e é comum motoristas mais velhos valorizarem exemplares do passado no quesito segurança. Duvida? Pergunte ao seu pai ou avó!
Mas isso é verdade mesmo ou não passa de um lenda automotiva como outras tantas? Para tirar a questão a limpo, a ANCAP - entidade que avalia o padrão de segurança dos veículos vendidos na Oceania - realizou um teste de colisão entre automóveis de diferentes gerações.
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O modelo escolhido foi o Toyota Corolla (na versão hatch), o carro mais vendido do planeta. Um fabricado em 1998 e outro em 2015. Foi simulada uma colisão frontal a uma velocidade de 64 km/h, padrão nos testes realizados pelo mundo, inclusive no Brasil (de responsabilidade do Latin NCAP, versão latino-americana da ANCAP).
O resultado, é claro, não poderia ser outro. O Corolla seminovo se mostrou mais seguro aos ocupantes do que seu ancestral. O fato de ter uma carroceria e peças (para-choque e capô) mais rígidas não é sinônimo de maior proteção ao impacto. Pelo contrário.
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Os carros construídos mais recentemente possuem as chamadas ‘zonas de deformação programada’. São áreas cujos materiais empregados absorvem a energia da colisão, impedindo que impacto chegue aos ocupantes. Por isso os veículos costumam ficar quase irreconhecíveis após um acidente.
No caso dos antigos, essa prevenção era mais frágil ou não existia tecnologia para tal. Assim, o corpo dos passageiros recebia boa parte da carga gerada pela batida.
Resumindo, nos carros atuais, apesar do estrago visual quando se envolve numa colisão, a gravidade das lesões são muito menores. De nada adianta ter apenas alguns amassados por fora se as pessoas no interior do habitáculo sofreram ferimentos que podem ser até fatais!
Ressaltando que a estrutura deformável por si só não garante a segurança plena dos ocupantes. Há outros dispositivos que atuam em conjunto, caso dos airbags, freios com ABS e cintos de três pontos com apoios de cabeça compatíveis, além dos controles de tração e de estabilidade.
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A ideia do crash test realizado na Nova Zelândia foi motivada depois que um levantamento revelou que mais da metade das mortes por acidentes nas estradas do país envolvia carros fabricados antes dos anos 2000.
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