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Honda lança no Brasil a quinta geração do CR-V, o utilitário esportivo de maior sucesso da marca no mundo e o líder do segmento nos EUA há 20 anos. 

Por aqui ele não ostenta o mesmo prestígio visto lá fora, principalmente porque os holofotes da fabricante estão voltados para o fenômeno HR-V e o irmão menor WR-V.

Desta vez, ele chega para ser mais um carro de imagem da marca do que um campeão de vendas. Ficará posicionado bem acima do HR-V, e será oferecido apenas na versão topo de linha Touring, por R$ 179.990. 

A Honda pretende negociar cerca de 60 unidades/mês até o fim de 2018. Mas engana-se quem acha que a baixa oferta o fará ser pouco visto nas ruas. 

O visual é um dos pontos altos na atualização do carro, que se destaca em meio ao trânsito, como pudemos conferir no test drive de lançamento à imprensa em São Paulo. 

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A marca acredita que a procura será muito maior que a disponibilidade, porém o sucesso nos EUA, de onde ele chega importado, limita a produção para o mercado sul-americano. Antes vinha do México, dentro da cota de importação com isenções de impostos.

O novo CR-V compartilha a mesma plataforma do Civic 10, e, por consequência, alguns atributos entregues pela décima geração do sedã, como o maior porte e o motor 1.5 turbo.

Visual repaginado

O novo visual do SUV se aproxima mais dos utilitários europeus, abandonando as linhas asiáticas que marcavam as gerações anteriores. A frente traz uma barra cromada mais larga na grade filetada, que interliga os faróis full led e a luz diurna em forma de ‘asa’. O design lembra ao do WR-V. A luz de neblina também é em led.

O capô está mais longo e musculoso, enquanto a traseira se destaca pelas novas lanternas em formato bumerangue. Há ainda rodas de alumínio de 18 polegadas e escapamento duplo esportivo.

Espaço interno ampliado

CR-V cresceu no tamanho. São 4 cm a mais no entre-eixos e 3 cm na altura (2,66 m e 1,67 m, respectivamente), valores que garantem mais folgas para pernas e cabeças dos passageiros do banco de trás. 

O porta-malas também foi beneficiado e agora comporta 522 litros. Espaço que é ainda mais valorizado pelo piso plano que se forma quando o banco traseiro é rebatido. É 1,5 metro de área adicional para transportar bagagens ou cargas maiores. 

Por falar em porta-malas, ele vem com tampa traseira elétrica cuja abertura é acionada por comando na chave, botão na maçaneta ou então passando o pé sob o para-choque traseiro - esse movimento com os pés possibilita também o fechamento. Isso permite que pessoas possam carregar ou retirar itens do porta-malas, mesmo se suas duas mãos estiverem ocupadas.

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Além disso, um sensor na borracha lateral do vidro evita que uma mão 'desavisada’, principalmente de uma criança, seja apertada na área de fechamento. A tampa freia o movimento e retorna à posição anterior ao menor contato. 

Sofisticação e tecnologia

A cabine do novo CR-V em nada lembra a do antecessor. A evolução no desenho do painel e a qualidade de materiais são perceptíveis. 

Há mescla de superfícies emborrachadas com apliques brilhantes, além de detalhes no acabamento que imitam madeira. O conforto foi ampliado com bancos maiores e mais anatômicos, sendo que os dianteiros vêm com ajustes elétricos. 

SUV herdou do Civic o quadro de instrumentos com tela TFT de 7" e o volante multifuncional.  A central multimídia de 7” também repete a do sedã, com alguns recursos extras, como visualizar o quanto de torque está sendo enviado para as rodas pelo sistema 4WD (tração integral que atua sob demanda).

O display no quadro de instrumentos avisa ainda quando trocar o óleo, filtro de ar, fluído da transmissão, velas ou líquido de arrefecimento, assim como quando fazer o rodízio dos pneus. Também sugere uma pausa para o café caso o carro “perceba” que o motorista está cansado ou sonolento. 

Outro mimo do carro é a partida elétrica remota do motor que liga o CR-V à distância por meio do controle da chave, acionando o sistema de climatização para uma temperatura desejada de 22º C.

Conectividade

Outra novidade em relação ao Civic é a presença do head-up display logo acima do painel (bem na área de visão do motorista), que projeta informações coloridas como velocímetro e conta-giros numa telinha transparente.

No restante, as funções do multimídia são as mesmas do Civic Touring, incluindo a conexão Apple Carplay/Android Auto e a câmera de ré.  Do sedã veio também a funcional câmera sob o retrovisor direito, que projeta no multimídia a imagem lateral do carro ao acionar a seta ou ao pressionar um botão na ponta da alavanca do pisca. Assim, o motorista tem uma visão mais segura para fazer a troca de faixa sem ser surpreendido pelo veículo que se aproxima no ponto cego ou de uma moto que ultrapassa pelo corredor.

A conectividade se completa com tomadas USB e HDMI no console central, além de duas portas USB para os três ocupantes da fileira traseira, que contam ainda contam com saídas do ar-condicionado exclusivas.

Entre os inúmeros porta-objetos destaque para a prateleira plástica no console central, que pode ser configurada em três posições, para receber pertences de diferentes tamanhos, até mesmo um tablet. 

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Motor turbo

Pela primeira vez o CR-V adota um motor turbo. Trata-se do 1.5 com injeção direta que estreou no Civic, recalibrado para render 190 cv (16 cv a mais que o sedã) e 24,5 kgfm de torque (ante 22,3 kgfm). O câmbio é automático do tipo CVT, com borboletas no volante para simulação de marchas.

O novo conjunto aposenta o propulsor 2.0 aspirado, que fornecia 155 cv e 19,5 kgfm, e era gerenciado pela transmissão automática de cinco velocidades. 

O sistema de tração Real Time AWD, já utilizado na geração passada, foi aprimorado e agora garante até 40% mais de torque para as rodas traseiras. O dispositivo é todo automático e atua conforme as necessidades impostas pelo terreno.

Gazeta do Povo teve um breve contato com o novo CR-V  por trechos de cidade e rodovia. Foi o suficiente para perceber a evolução do SUV. A nova plataforma deixou o rodar mais macio, especialmente pelo uso de buchas hidráulicas nas suspensões. Mesmo nos pisos irregulares, ele parece ‘flutuar’ gerando conforto aos ocupantes.

Já o sistema de vetorização de torque, que atua por meio dos freios, melhora o traçado nas curvas, evitando que o carro saia de frente e propiciando mais confiança para encarar trechos sinuosos.

O isolamento acústico filtra bem os ruídos externos, mas é possível ouvir o motor trabalhando em altas rotações, como é típico quando é gerenciado por um câmbio CVT. Ao pisar mais fundo, o giro trava lá em cima justamente por não haver a troca de marcha automático. Caso isso incomode, basta recorrer às mudanças simuladas das borboletas atrás do volante.

A presença do turbocompressor torna a condução mais dinâmica, com respostas imediatas em subidas e ultrapassagens. Na cidade, o CVT mantém o giro baixo em vias planas ou com poucas inclinações, contribuindo no consumo, assim como o sistema de fechamento ativo da grade, que reduz o arrasto aerodinâmico.

Concorrência

Mesmo custando acima, o novo CR-V brigará diretamente com outros dois modelos turbo: o Equinox 2.0 (R$ 155.900, na versão Premier) e o Peugeot 3008 1.6 THP (R$ 154.99, na Griffe Pack). 

E ambos trazem tecnologias de auxílio à condução que o Honda não oferece: o piloto automático adaptativo (que freia e acelera o carro automaticamente), o assistente de saída de faixa (que mantém o carro dentro da faixa de rodagem) e a frenagem automática (que aciona o freio sozinho diante uma colisão eminente).

A marca explica que esses itens são vendidos lá fora como um pacote opcional, chamado Honda Sense. Como aqui no Brasil o carro é oferecido sem opcionais, encareceria demais trazê-lo já com os dispositivos de segurança. Mas a fabricante não descarta no futuro disponibilizar por aqui tais recursos.

Honda projeta também atrair clientes das versões de entrada dos SUVs alemães, como Audi Q3BMW X1Mercedes GLA, especialmente pelo custo de manutenção mais baixo. 

Modelo Motor/ câmbio
Porta-malas Preço
Honda CR-V
1.5 turbo a gasolina
190 cv/ 24,5 kgfm
câmbio CVT
522 l 
R$ 179.990
Chevrolet Equinox
2.0 turbo a gasolina
262 cv/ 37,0 kgfm
cambio AT9
468 l
R$ 137.490 a R$ 155.900
Peugeot 3008
1.6 THP turbo a gasolina
165 cv/ 24,5 kgfm
câmbio AT6
520 l
R$ 145.990 a R$ 159.992.
Audi Q3
1.4 TFSI turbo flex
150 cv/ 25,5 kgfm
câmbio ATM7 (dupla embreagem)
2.0 TFSI turbo a gasolina
180cv/ 32,6 kgfm
câmbio ATM7 (dupla embreagem)
460 l
R$ 153.990 a R$ 193.990

ITENS DE SÉRIE
  • Direção elétrica; faróis full led; luz diurna e de neblina em led; escapamento duplo esportivo; sistema de fechamento ativo da grade; rodas de alumínio aro 18; abertura e fechamento da tampa do porta-malas sem uso das mãos; quadro de instrumentos digital; e head-up display.
  • Multimídia com conexões Apple CarPlay/ Android Auto e GPS; partida elétrica remota do motor; ar-condicionado digital de duas zonas , com saídas traseiras; freio de estacionamento elétrico; tomadas USB para recarga traseira; isofix; bancos dianteiros com regulagem elétrica e memória; e teto solar elétrico.
  • Sistema que tranca automaticamente o veículo; assentos rebatíveis; volante multifuncional com borboletas na parte traseira para a troca manual das marchas; tração 4x4 inteligente; controles de estabilidade e de tração; sistema de vetorização de torque (melhora o traçado do carro nas curvas); e a tecnologia LaneWatch, que exibe no multimídia a imagem lateral do carro quando o pisca é acionado. 
O jornalista viajou a convite da Honda
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