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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A lei 13.290/2016, em vigor desde 8 de julho e que alterou os artigos 40 e 250 do Código Brasileiro de Trânsito (CTB), vai pesar no bolso do motorista. Isso porque a obrigatoriedade do uso do farol baixo nas rodovias do país mesmo durante o dia deve diminuir em até 50% a vida útil das lâmpadas dos veículos. Assim, os condutores precisarão trocar as luzes dos automóveis com mais frequência.

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Segundo o supervisor de pós-venda da concessionária Servopa, de Curitiba, Arthur Schuler Michel, a vida útil de uma lâmpada veicular poderia chegar a 800 horas. Com a vigência da lei, a estimativa cai para 400 horas. “Antes, uma lâmpada poderia durar até quatro anos. Agora, não passa de dois”, diz.

Em relação a valores, Michel afirmou que um jogo de lâmpadas tradicionais pode variar de R$ 20 a R$ 150 dependendo do modelo do automóvel, enquanto uma dupla de xênon, que dura mais e é comum em carros importados, não sai por menos de R$ 500 se as luzes forem de boa qualidade, podendo chegar a R$ 1.500. O preço, de acordo com o supervisor, é definido pela durabilidade, potência e foco do produto.

Há, ainda, o custo da mão de obra, uma vez que é difícil que um motorista consiga efetuar a troca das lâmpadas sozinho, de acordo com os especialistas.

“Os carros atuais têm uma tecnologia muito avançada. Trocar a lâmpada esquerda de uma [caminhonete] Amarok, por exemplo, leva cerca de 30 minutos, porque o filtro de ar do veículo fica bem na frente”, conta Michel.

Para modelos mais simples e nacionais, o serviço da mão de obra pode custar de R$ 50 a R$ 150. Para os importados, o valor parte dos R$ 100 e alcança os R$ 250. Já o vendedor de peças da Fiat Barigui, Jackson de Santanna, afirma que na concessionária o “combo” que inclui jogo de lâmpadas e serviço varia de R$ 75 a R$ 95.

Expectativa de aumento no serviço

Michel conta que, por enquanto, a procura pelo serviço na loja onde trabalha não aumentou após a promulgação da lei. “O desgaste nas lâmpadas vai começar a ser notado pelos condutores daqui a um ano ou dois”, aponta.

Santanna também afirma que as vendas não cresceram significativamente até o momento, mas diz ter notado os clientes mais preocupados e precavidos, em especial os que viajam com frequência.

O que foi percebido, segundo ele, é que as fábricas já estão um pouco sobrecarregadas com pedidos de lâmpadas, pois as concessionárias querem se “garantir”. “Talvez as grandes montadoras já estejam sentindo essa diferença”, arrisca Michel.

Colaborou: Mariana Balan.

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