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Em diversos mercados, como na Europa, EUA e Japão, o March é conhecido como Micra. | Newspress/Divulgação
Em diversos mercados, como na Europa, EUA e Japão, o March é conhecido como Micra.| Foto: Newspress/Divulgação

Quando fez a apresentação mundial do Kicks em maio deste ano o presidente da Nissan no Brasil, François Dossa, disse que a marca entregava um carro de qualidade superior a tudo que já havia feito no país.

O crossover inaugurava ali a nova postura da montadora em relação a seus produtos. A aposta segue um estilo mais ousado e a oferta de muita tecnologia e recursos de segurança.

O lançamento global da quinta geração do March no Salão do Automóvel de Paris confirma essa estratégia. O hatch em nada lembra o antecessor, que viverá no mercado brasileiro até 2018 quando então será substituído.

O March 2017, que em diversos mercados é chamado de Micra, subiu alguns degraus dentro do segmento e já pode botar banca de modelo premium, pelo menos quando chegar ao Brasil.

O modelo seguiu o design inovador do conceito Sway, destaque do Salão de Genebra em 2014 que antecipou a futura geração da linha de compactos da marca inspirada no design europeu.

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A identificação com o Kicks é imediata. A grade frontal em ‘V’ interagindo com os faróis, a linha de cintura com vincos marcantes, as lanternas no estilo bumerangue e o teto flutuante faz do novo March uma espécie de hatch do Kicks.

Minimalista

Se por fora o March já atrai olhares, o interior consegue ser ainda mais surpreendente. O estilo minimalista também remete ao Kicks. Ele mescla um quadro de instrumentos mais simples, de conta-giros e velocímetro analógicos e uma tela de LCD ao centro para o computador de bordo, com os botões de comando do ar-condicionado e a tela para multimídia tamanho GG.

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As maçanetas das portas traseiras agora estão escondidas na coluna B, tal qual se vê no Honda HR-V.

A dirigibilidade evolui com uma nova direção elétrica e dois auxílios de condução emprestados do Kicks: Controle Dinâmico em Curvas (Active Trace Control) e Estabilizador Ativo de Carroceria (Active Ride Control), que atuam na suspensão, freios e também na estabilidade, oferecendo um complemento aos controles de estabilidade e tração.

O pacote de auxílios ao motorista não para por aí e há dispositivos só vistos em segmentos maiores, como alerta de mudança de faixa, sistema anticolisão para proteção de pedestres, câmeras 360°, reconhecimento de placas de trânsito, farol alto automático e assistente de ponto cego.

A posição do motorista mais baixa e esportiva, indo na contramão da tendência vista nos automóveis, com bancos cada vez mais altos, como se vê no próprio crossover.

Outro destaque desta nova geração é o sistema de som da marca Bose, usada preferencialmente no segmento premium. O conjunto conta até com alto-falantes montados no banco do motorista, para uma experiência de imersão ainda maior.

Espaço e motores

O espaço interno acompanhou a evolução do carro. De acordo com a marca, a nova geração entrega um dos maiores espaços internos do segmento. Ele cresceu 17,4 cm no comprimento (pulando de 3,82 para 4 metros) e 7,5 cm no entre-eixos (de 2,45 m para 2,53 m), está 7,7 cm mais largo e 5,5 cm mais baixo.

A versão europeia apresenta dois motores: um três cilindros turbo, com 0.9 litro, que rende 90 cv e 14,3 kgfm (há ainda a opção overboost, que eleva o torque para 15,3 kgfm) e um 1.5, de quatro cilindros a diesel, com 90 cv e impressionantes 22,4 kgfm.

Global, o novo March começa a ser fabricado na unidade da Renault em Flins, na França, com vendas previstas a partir de março de 2017. Em seguida, o modelo também será feito no México, para abastecer os mercados americano e brasileiro. Provavelmente, ele conviverá com a linha atual no Brasil até iniciar a sua produção local no complexo da Nissan, em Resende (RJ).

A montadora destaca que esta ‘revolução’ do carro foi pensado para o mercado europeu, o que explica o salto na sofisticação e na tecnologia. Por isso, é inimaginável que ele chegue ao nosso país com todos esses componentes sem inflacionar demais a faixa de preço atual. Ou seja, deverá perder alguns de seus componentes mais o encareceriam.

O jornalista viajou a convite da Anfavea
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