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 | Arte: Guilherme Paixão. Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
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Antes de assumir o financiamento de um veículo, seja ele novo ou usado, é preciso colocar no papel os prós e contras de cada opção para fechar o melhor negócio. Dentre as mais comuns estão o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), concedido por bancos e financeiras; o leasing, usado principalmente por empresas; e os consórcios.

Antes de fechar o contrato, porém, o professor de finanças da FAE Business School, Amilton Dalledone Filho, afirma que o consumidor deve considerar a urgência para adquirir o veículo e qual opção cabe no seu bolso. “Quando se tem dinheiro para dar uma entrada a partir de 70% a 75% do preço total do veículo, o negócio fica mais interessante, porque os juros das prestações se tornam mais baixos”.

Além disso, se o cliente dispõe da maior parte do montante, as promoções dadas pelas montadoras, que oferecem carros pelo preço de tabela com taxa zero e parcelas fixas, não devem ser descartadas.

Consórcio

Considerada a modalidade com os juros mais baratos, o consórcio cobra taxas anuais de 10% a 15%, mais IOF de 3% ao ano e de 0,38% no momento da contratação. As parcelas variam de 50 a 60 vezes. No entanto, esta opção tem como desvantagem o acesso tardio ao modelo, que depende de sorteios ou de lances mais altos.

“No consórcio há um rateio do valor do carro, que é pago pelos contratantes e o torna mais barato. Mas há o inconveniente do prazo para obter o veículo”, declara Dalledone.

Para o professor, a opção é mais vantajosa para quem possui uma maior parte do preço do modelo para dar um lance ou para quem troca de carro com frequência e vê o modelo como uma ‘poupança’.

CDC

Forma mais popular de financiamento, o CDC oferece taxas mais altas em comparação com o consórcio. Conforme levantamento da Anefac, a média em 2015 foi de 31,07% ao ano, incluindo o IOF. Por outro lado, este tipo de crédito dá acesso imediato ao modelo, que é tido como garantia em caso de inadimplência.

“O CDC é mais indicado para o cidadão que quer comprar o primeiro carro, mas não tem tempo para esperar ser contemplado pelo consórcio ou que tenha a necessidade imediata de ter um veículo”, considera o gerente de crédito do Sicredi, Gilson Farias.

Segundo ele, como as cooperativas de crédito são isentas do IOF, é possível adquirir os produtos por taxas mais em conta.

Leasing

Maneira menos usual de financiamento para pessoas físicas, o leasing trata-se de um aluguel com a possibilidade de compra ao final do período contratado.

Ou seja: ao contratá-lo, o cliente recebe as chaves no momento do contrato, mas o carro só se torna seu após o prazo estabelecido.

“A grande desvantagem é que o bem não fica no seu nome, o que torna mais rápida uma possível retomada pela financeira se há inadimplência”, acrescenta Dalledone.

Ao contrário das demais modalidades, o leasing não tem a cobrança do IOF, mas há dificuldades para repassar o bem a outras pessoas, devido à necessidade de aprovação de crédito de quem irá assumir a dívida. Além disso, muitas financeiras não aceitam quitar as parcelas antes do prazo.

Guilherme Paixão/Gazeta do Povo

Mais usados do que novos

Os novos e seminovos dominaram os financiamentos de veículos no Brasil em 2015. De acordo com a Cetip, central de crédito responsável pelo registro desses contratos, dos 5.311.872 de modelos comprados à prestação, entre carro, motos e utilitários, 2.973.298 não eram zero km, o que corresponde a cerca de 56% do total.

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