A tecnologia por si só não resolverá seus problemas

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Li dia desses, aqui na Gazeta do Povo, que por causa da crise no setor de alimentação (restaurantes, lanchonetes e panificadoras em Curitiba), cerca de 53% das empresas preferiram não demitir seus funcionários em 2015 (viva!). Mas não é sobre o corte que quero escrever aqui. A pesquisa realizada pela ECD apontou que algumas empresas pretendem reestruturar seus planejamentos para 2016 e uma das soluções será investir mais em equipamentos (42%). Isso me fez lembrar de tempos atrás quando as empresas gastavam rios de dinheiro com softwares de CRM achando que assim iriam solucionar todas as dificuldades de gestão.

Oras, total engano quem acha que a tecnologia por si só, resolverá os problemas da companhia. Ainda é preciso reforçar a importância de se investir em seu pessoal interno, pois é ele que efetivamente fará a diferença em situação de crise econômica ou mesmo de imagem. Esse o diferencial e a principal razão porque compramos em uma loja e não em outra: o bom atendimento!

Se pode pedir uma refeição pra ser entregue em sua casa, assistir a um filme recém lançado direto em sua TV ou computador, o que faz você sair de casa pra ter esses servicos? Sei… são vários os fatores, não precisa já comecar a citá-los, mas um deles é determinante quando já decidiu sair, sozinho ou com os amigos: o atendimento diferenciado. Sim, se sentir bem acolhido naquele local, não passar por nenhum constrangimento que possa estragar sua noite!

Observe se não é verdade: chegar no hotel que sempre se hospeda e o funcionário da recepção já citar seu nome e não pedir que preencha pela milésima vez os dados para o check-in, faz com que queira se hospedar novamente lá na próxima vez. Você se sente bem tratado, mas não com intimidade – este o outro lado da moeda, que alguns confundem e ultrapassam. Chamam por apelido sem ter sido dada essa liberdade de tratamento, fazem alguma brincadeira constrangedora, enfim, se sentem amigos quando na verdade estão em uma relação de negócios.

Tudo bem, nem tanto ao céu nem tanto ao mar, algumas empresas treinam, alguns colaboradores atendem exemplarmente, mas ainda não é o que percebemos na maioria dos lugares. Parece um embate desnecessário entre empregado e empregador.

Mas não jogue a toalha, invista em convivência no ambiente de trabalho e comunicação interna. Investigue o que isso significa para seus negócios e planeje um orçamento para 2016 para essa estratégia. Tenho certeza absoluta que valerá à pena!