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Monarquistas dizem querer “coroar” a democracia e diluir o poder
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Após homenagem ao imperador Dom Pedro II na Câmara dos Deputados nesta segunda (11), monarquistas afirmaram querer “coroar” a democracia no país e rebateram críticas ao movimento.

Para o professor de história Thiago Doria, 38, do Movimento Brasília Capital do Império, muitos parlamentares apoiam a volta da Monarquia, mas temem o julgamento público.

“Muita gente taxa os monarquistas de saudosistas, reacionários ou retrógrados, mas nos países em que a Monarquia é adotada hoje não há nada de retrógrado”, afirmou. “É claro que muitos monarquistas são também conservadores, mas aí é outro assunto. Há monarquista liberal e até de esquerda.”

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A sessão solene desta segunda (11) foi realizada por iniciativa do deputado federal André Amaral (PMDB-PB), que definiu Dom Pedro II como um dos “maiores estadistas do país”. O imperador comandou o país por 48 anos, de 1840 a 1889, quando foi destituído.

Para a estudante Julia Bittencourt, 22, as críticas ao movimento partem daqueles que não compreendem a forma de governo proposta.

“Uma parcela da população diz que não aprova a Monarquia porque não quer manter a família real, mas hoje a gente mantém cinco ex-presidentes. Manter a família real seria muito mais barato porque só há uma”, argumenta, relembrando que, no Brasil, as vantagens aos ex-presidentes incluem carros oficiais, assessores especiais e seguranças.

No mês que marca o aniversário e a morte do imperador, o grupo se reuniu na última quinta-feira (7) em Brasília no Primeiro Encontro Monárquico da capital com a presença do príncipe imperial Dom Bertrand.

Pela monarquia parlamentar, o rei seria o chefe de Estado, dividindo o poder com o Primeiro Ministro — chefe de Governo —, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Assim, para os monarquistas, haveria a “diluição” do comando, e não a centralização.

“O que nós defendemos não é o fim da democracia, pelo contrário. Nós queremos ‘coroar’ a democracia,” alegou Doria.

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