Quando a gente acha que já viu de tudo, surge uma noite de sexta que parecia calma e vamos então a mais uma versão de como o povo pode ser usado para proteger poderosos.
Um grupo teve a ideia de ir para a frente do prédio de Lula fazer uma manifestação contra o ex-presidente na última vez em que sextou antes do julgamento dele no TRF-4. É mala? Eu acho – e aposto que os vizinhos concordam. É direito deles? É, assegurado pelo art 5o, inciso XVI da Constituição Federal.
Mal começou o tal evento, Guilherme Boulos já postou em sua conta no twitter:
Eu nem sabia que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto agora tinha virado segurança de político que pode pagar advogado internacional do calibre de um Geoffrey Robertson, mas fico feliz ao saber que eles devem estar muito mais perto de ter um teto agora.
Fica ligeiro, fica ligeiro: quem não pode com as formigas não mexe no formigueiro – era este o hino pacifista que o MTST cantava em sua intervenção no protesto contrário.
A intervenção foi comemorada por senadores petistas com a hashtag #VaiTerLuta, outra demonstração pacifista que corrobora o discurso que o PT tem feito à mídia, da recomendação de protestos pacíficos e medo de provocadores infiltrados.
Há um ponto importante: é direito do MTST aparecer na passeata contra Lula? Não. O inciso XVI do art 5o da Constituição, determina de forma clara: Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Será o janeiro mais longo da história desse país.
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