“Ninguém” é o único candidato que cresceu no Datafolha, mesmo COM Lula

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Pouco importa se Lula estiver ou não na disputa ou qual a combinação dos demais candidatos: o brasileiro não quer o quadro que foi posto pelos partidos para a disputa. É esse o único dado que a pesquisa DataFolha deixa claro e que escapa aos olhos de quem compara apenas as duas últimas, como foi feito na divulgação oficial.

A Gazeta do Povo fez infográficos (AMO!) com todas as pesquisas de todos os institutos. No Datafolha, os brancos e nulos vinham caindo desde 2016, na derrocada do governo Dilma, subiram de novo na época do impeachment e voltaram a cair para aumentar somente agora, quase perto dos patamares de quando a presidente foi destituída.

O eleitor brasileiro com menos de 76 anos de idade jamais teve a oportunidade de votar numa eleição com nomes diferentes. A última foi a que consagrou Jânio Quadros, em 1960. Depois, ficamos longo tempo sem a oportunidade de eleger um presidente e, quando conseguimos estamos condenados sempre aos mesmos nomes se alternando nas eleições. Não é possível que, em 20 anos de abertura democrática, os partidos brasileiros não tenham sido capazes de formar uma segunda geração de líderes.