O governo federal anunciou na terça-feira (20) que deve começar em abril o processo de interiorização dos refugiados venezuelanos que estão em Roraima, um contingente estimado entre 70 mil e 100 mil pessoas.
A expectativa é transferir parte desses imigrantes a cidades como São Paulo e Manaus, que têm mais estrutura do que Boa Vista – a capital do estado, que abriga hoje a maior parte dos venezuelanos, tem sofrido com o grande aumento populacional. A situação também atinge o interior do estado e gerou episódios trágicos, como a invasão de uma casa e o incêndio de bens de venezuelanos em Mucajaí, motivada pelo homicídio de um brasileiro na cidade.
A interiorização se soma a outras tentativas do governo federal de resolver o problema. Uma delas é a instalação de unidades do Programa Estação Juventude em Roraima, que foi anunciada nesta quinta-feira (22). Há ainda a possibilidade de se determinar a obrigatoriedade da vacinação dos venezuelanos que cheguem ao Brasil, que foi lançada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Coordenador da comissão externa especial da Câmara dos Deputados que acompanha a entrada de venezuelanos no estado, o deputado federal Carlos Andrade (PHS-RR) cobrou efetividade por parte do governo federal.
“O governo brasileiro não pode ficar ‘tô assinando, aprovei 190 milhões’. Eu digo: aprovou, tem que gastar. Vai gastar onde? Construção de abrigo, em alimentação pra esse pessoal? Vamos tirá-los do meio da rua e vamos colocar num abrigo, num campo de imigrantes, vamos criar o campo de imigrantes, vamos dar uma atenção lá para que eles saiam do meio da rua e não tenham esses conflitos? Então a atuação do estado é nesse sentido”, disse.
Andrade acrescentou que a situação tende a ser agravada com a chegada das chuvas ao estado. “Nós precisamos que o Executivo dê celeridade nesse processo. Porque dentro de mais 20 dias vão começar as chuvas em Roraima. Doenças tropicais, e outras doenças, vão automaticamente permear toda a cidade e permear os outros estados onde se fizer a interiorização”, criticou.
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