Dívida do Atlético para pagar a Arena cresce mais de R$ 30 milhões/ano
O Atlético-PR divulgou nesta terça-feira (24) o relatório anual da administração, exercício 2017. É uma obrigação legal dos clubes trazer ao público os números das movimentações financeiras. No caso do Furacão, dois balanços foram divulgados: da agremiação e da CAP S/A, empresa de propósito específico para gerir as questões financeiras da Arena. Embora ambas gerem ônus e bônus ao Furacão são feitas de forma divorciada. E a Arena da Baixada chama a atenção e deixa as finanças do clube em alerta.
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É na CAP/SA que o Atlético coloca os problemas em relação ao pagamento final da Arena. Pela contabilidade apresentada, o clube deve R$ 390 milhões ao Fundo de Desenvolvimento Estadual pelo financiamento para concluir o estádio – o valor é a soma da dívida circulante (pagamento a curto prazo) e não circulante (pagamento a longo prazo).
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Houve um acréscimo na dívida de R$ 32 milhões, com base em uma cobrança anual de quase 10% de juros (TJLP + 1,9%). Nos últimos dois anos, o passivo saltou R$ 66 milhões.
Em nota no balanço, assim como fez no ano passado, a CAP/SA diz que negocia uma emissão complementar de R$ 133 milhões em potencial construtivo para o cumprimento do acordo tripartite entre governo e prefeitura.
A perícia judicial avalia a Baixada em R$ 634,9 milhões.
Arena do Atlético tem derrocada em receitas. E a Liga de Vôlei?
Nas contas divulgadas pelo clube, percebe-se o baque que o aluguel da sua casa gerou nas contas. A gestão Petraglia-Sallim contabiliza a entrada de R$ 501.004 mil com aluguel da Arena – dado que confirma a liberação do palco para a Liga Mundial de Vôlei, em detrimento da Copa Libertadores, por um valor pequeno, conforme a Gazeta do Povo divulgou à época. Em 2016, o palco recebeu o UFC, show de Andrea Bocelli e desafio de vôlei, além de eventos menores, como feirões de carros e rendeu bem mais: R$ 3.882.358. Um declínio de 85% nas receitas. Aparece ainda uma segunda conta de aluguel, sem especificar qual tipo de cessão remunerada, com faturamento de R$ 630.000, no ano anterior foi de R$ 405.000.
As receitas oriundas de publicidade e propaganda também sofreram uma baixa, mesmo com o clube na Libertadores. Neste quesito, o Rubro-Negro amealhou R$ 4,0 milhões, quase R$ 300 mil a menos do que em 2016.
No total, o clube movimentou R$ 5,7 milhões em receitas brutas com seu complexo na Água Verde. Foi quase metade em relação ao exercício anterior, quando divulgou R$ 9,4 mi (ou R$ 7,4 mi no líquido) .
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