PM abre caminho para punir sargento pela morte de torcedor do Coritiba
A trágica morte do torcedor Leonardo Henrique da Rocha Brandão, 17 anos, em frente ao Couto Pereira, quando o mesmo caminhava com a torcida Império Alviverde para acompanhar o Atletiba na Arena da Baixada (em 19/2), deu o primeiro passo para não ficar impune. O fato ocorreu há 95 dias.
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O jovem coxa-branca foi atingido pelo disparo de uma submetralhadora. A Polícia Militar do Paraná admitiu o incidente e revelou que o soldado da corporação, ao vestir a bandoleira, disparou acidentalmente a arma de dentro da viatura.
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De acordo com inquérito concluído pela área responsável, o 12º Batalhão da PM, apontou-se indícios de homicídio culposo, sem intenção de matar. O procedimento foi encaminhado à Corregedoria Geral da Polícia Militar que, por sua vez, após análise, encaminhará para a Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual (VAJME), de modo que o titular da ação penal (Ministério Público) tome as medidas cabíveis.
Ainda nesta semana o documento deve ser remetido à VAJME.
Logo depois do socorro no Hospital Cajuru, o sargento responsável foi afastado por orientação médica. Em casos como estes, traumáticos, o PM é afastado e pela pelo programa de avaliação psicológica. Após o período de avaliação e de preenchimento dos protocolos de Serviço de Assistência Social, Psicologia e Centro Terapêutico, é possível retornar às atividades mediante orientação médica/psicológica.
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De família simples, Léo, como era chamado, estava próximo de completar 18 anos e já ajudava a pagar as contas da casa no Sítio Cercado, onde morava com a mãe, Vanderleia da Rocha, o pai, Ademir Brandão, e mais três irmãos. O garoto ganhava R$ 1 mil por mês lavando carros no Capão Raso. Cursava o Ensino Médio e frequentava a igreja católica.
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A PM pediu desculpas públicas pelo ocorrido.
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