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Acidente com o LET-410 da NOAR Linhas Aéreas, em Recife, em 2011, (Foto: Alexandre Gondim / Reuters)
Acidente com o LET-410 da NOAR Linhas Aéreas, em Recife, em 2011, (Foto: Alexandre Gondim / Reuters)| Foto:
Acidente com o LET-410 da NOAR Linhas Aéreas, em Recife, em 2011, (Foto: Alexandre Gondim / Reuters)

Acidente com o LET-410 da NOAR Linhas Aéreas, em Recife, em 2011, (Foto: Alexandre Gondim / Reuters)

A aviação comercial brasileira não registra um acidente aéreo com vítimas em território nacional há quase 3 anos e 4 meses. São exatos 1.217 dias. É um tempo relativamente grande desde que o Let-410 da NOAR Linhas Aéreas caiu após decolar do aeroporto de Guararapes, em Recife, no dia 13 de julho de 2011, e matou 16 pessoas.

Esse período com um hiato de desastres deixa nítido que voar é cada vez mais seguro, vide a evolução histórica desde o primeiro registro de um acidente fatal a bordo de uma aeronave de uma companhia aérea nacional em 1928, no Rio de Janeiro. De lá para cá, em 87 anos, somaram-se 126 sinistros.

A média geral é de um acidente fatal a cada oito meses. No entanto, ao isolar os períodos mais recentes, o número é bem melhor. Se for considerado apenas o atual século, a média é de um sinistro com vítimas a cada dois anos. Reduzindo o período para os últimos dez anos, são precisos dois anos e seis meses para que alguém morra a bordo de um avião de qualquer empresa aérea brasileira.

É um avanço muito importante na comparação com épocas em que a segurança de voo era quase questão de sorte. As aeronaves não eram tão confiáveis como as de hoje, a manutenção não era tão rígida, o treinamento das tripulações era falho, os procedimentos das companhias negligenciavam muitas vezes a segurança, os aeroportos (ou meros campos de aviação) eram precários e o controle do espaço aéreo era amador (ainda é em algumas regiões).

O acidente com o Airbus A320 da TAM em Congonhas, em 2007, foi o mais mortal da história da aviação comercial brasileira (Foto: Rickey Rogers / Reuters)

O acidente com o Airbus A320 da TAM em Congonhas, em 2007, foi o mais mortal da história da aviação comercial brasileira (Foto: Rickey Rogers / Reuters)

Por exemplo, entre 1938 e 1965, houve pelo menos um desastre fatal por ano. Aliás, na média, muito mais do que isso. Nesses 28 anos foram registrados 80 acidentes, ou seja, um acidente a cada quatro meses. Era muita coisa. Só em 1951, foram sete.

Apesar de ser mais seguro voar, nem sempre há essa sensação de segurança, Os acidentes, quando acontecem, são eventos de grande comoção. E como os aviões transportam mais passageiros do que antigamente, os desastres tendem a ser maiores e com mais vítimas. Antes morriam 50 pessoas em um acidente. Hoje são 200, 300, 400 vítimas.

Tanto é assim que, ao mesmo tempo em que o número de ocorrências diminuiu, o de vítimas aumentou. No recorte dos últimos dez anos, foram registrado três acidentes fatais. Eles, no entanto, mataram 388 pessoas, dando uma média de 39 por ano. Foram 16 no desastre da NOAR, 199 do voo 3054 da TAM em 2007 e 154.no voo 1907 da Gol em 2006.

O certo é que, infelizmente, acidentes aéreos vão continuar ocorrendo. O bom é que são cada vez mais raros. E é importante que as fabricantes de aviões e as companhias aéreas estejam atentas e sigam todas, mas todas mesmo, recomendações de segurança. Se é impossível zerar os desastres aéreas, que pelo menos sejam reduzidos ao máximo.

Histórico de acidentes fatais com aeronaves comerciais brasileiras

Histórico de acidentes fatais com aeronaves comerciais brasileiras

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