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Avião da SilkAir mergulhou em velocidade quase supersônica e se desintegrou em um rio da Indonésia (Wikimedia Commons)
Avião da SilkAir mergulhou em velocidade quase supersônica e se desintegrou em um rio da Indonésia (Wikimedia Commons)| Foto:
Avião da SilkAir mergulhou em velocidade quase supersônica e se desintegrou em um rio da Indonésia (Wikimedia Commons)

Avião da SilkAir mergulhou em velocidade quase supersônica e se desintegrou em um rio da Indonésia (Wikimedia Commons)

Caso seja confirmado que o copiloto tenha causado a morte de 150 pessoas a bordo do Airbus A320 da Germanwings sobre os Alpes franceses na última terça-feira (24), essa não terá sido a primeira vez que um piloto, deliberadamente, tenha derrubado um avião.

Em 19 de dezembro de 1997, um Boeing 737-300 da SilkAir despencou no rio Musi, em Palembang, na Indonésia. A bordo havia 104 pessoas. Em menos de um minuto, a aeronave saiu de 35 mil pés (cerca 10.700 metros) antes de até atingir o rio. Durante a descida, o avião começou a perder partes devido à velocidade excessiva, próxima da supersônica.

A investigação do acidente foi conduzida pela National Transportation Safety Board (NTSB), dos Estados Unidos, e pela National Transportation Safety Committee (NTSC), da Indonésia. Quase três anos mais tarde, o relatório final apontou o seguinte:

1) Nenhuma falha ou mau funcionamento de alguma parte mecânica do avião causou ou contribuiu para o acidente;
2) O acidente pode ser explicado pela ação intencional do piloto. Especificamente,
a) o perfil de voo do avião acidentado é consistente com o uso de controles para baixar o nariz de forma contínua;
b) há evidências de que o Cockpit Voice Recorder (CVR) [caixa-preta de voz] foi intencionalmente desligado;
c) a recuperação do avião em voo era possível, mas não foi tentada; e
d) é mais provável que os controles de baixar o nariz do avião tenham sido tomados pelo comandante do que pelo copiloto.

A caixa-preta de voz foi desligada cerca de 12 minutos antes do início do mergulho do avião, então não é possível saber exatamente o que aconteceu na cabine de comando após esse momento. As conclusões da investigação levaram em conta dados da caixa-preta de dados (Flight Data Recorder, FDR) e evidências psicológicas da tripulação. De qualquer forma, não há uma evidência conclusiva.

Fora do âmbito aeronáutico, uma investigação mostrou que o comandante tinha perdido recentemente US$ 1,2 milhão e teria adquirido uma apólice de seguro de vida no valor de US$ 600 mil na semana anterior ao acidente. Seria, a princípio, um indício para o suicídio.

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