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O Embraer KC-390 voou pela primeira vez em 2 de fevereiro de 2015 (Foto: divulgação / Embraer)
O Embraer KC-390 voou pela primeira vez em 2 de fevereiro de 2015 (Foto: divulgação / Embraer)| Foto:
O Embraer KC-390 voou pela primeira vez em 2 de fevereiro de 2015 (Foto: divulgação / Embraer)

O Embraer KC-390 voou pela primeira vez em 2 de fevereiro de 2015 (Foto: divulgação / Embraer)

A Embraer deu um passo importante ontem. Ao colocar o avião KC-390 no ar pela primeira vez, a fabricante brasileira confirmou um caminho sem volta: cedo ou tarde vai fabricar aeronaves comerciais maiores que os atuais E-Jets.

Apesar de ser voltado para o uso militar, especialmente para transporte de tropas e reabastecimento em voo, o KC-390 foi um projeto totalmente novo. E o mais importante é que mostra ao mercado e aos concorrentes que tem capacidade intelectual e técnica para projetar novos produtos e de qualidade.

O que coloca o KC-390 como “precursor” de uma futura linha de aviões comerciais maiores é o diâmetro interno da fuselagem. Os 3,45 metros superam os 2,75 metros dos atuais E-Jets, os principais produtos da empresa brasileira. E estão muito próximos dos 3,53 metros do Boeing 737, o caminho natural a ser seguido pela Embraer.

O Embraer KC-390 tem diâmetro de 3,45 m, o maior da fabricante brasileira (Foto: Divulgação / Embraer)

O Embraer KC-390 tem diâmetro de 3,45 m, o maior da fabricante brasileira (Foto: Divulgação / Embraer)

Era o tipo de experiência que a fabricante precisava para adquirir um know-how que nos próximos anos pode ser fundamental até mesmo para a sobrevivência da Embraer no mercado de aviões de passageiros.

A empresa, ao longo de sua existência (foi fundada em 1969) precisou se adaptar e evoluir sua carta de produtos. Começou com o Bandeirante EMB-110 (até 21 passageiros) e passou para o Brasília EMB-120 (até 30 passageiros) antes de se voltar aos jatos. A família ERJ-145 (até 50 passageiros) foi um sucesso no mercado regional, assim como a atual família E-Jet (até 122 passageiros). A E-Jet-E2, prevista para 2016, vai até 144 passageiros.

A ordem natural foi avançar tecnologicamente e também na dimensão de seus aviões. Hoje, a Embraer é líder no mercado regional, mas pode não ser o suficiente daqui a alguns anos, mesmo com a evolução da família E-Jet. Até agora, a empresa não se posicionou nesse sentido, vale ressaltar.

De qualquer forma, o KC-390 é muito importante para a fabricante brasileira. Ele pode ser o pontapé para avançar sobre mais um mercado, mesmo que ele esteja dominado por Airbus e Boeing. Tecnologia e qualidade já comprovou ter. Resta bater no peito e acreditar que dá para ir além, como já fez várias vezes desde a fundação.

Confira o vídeo do primeiro voo do KC-390.

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