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Combustível equivale a cerca de 40% dos custos das companhias aéreas brasileira (Foto: Divulgação)
Combustível equivale a cerca de 40% dos custos das companhias aéreas brasileira (Foto: Divulgação)| Foto:
Combustível equivale a cerca de 40% dos custos das companhias aéreas brasileira (Foto: Divulgação)

Combustível equivale a cerca de 40% dos custos das companhias aéreas brasileira (Foto: Divulgação)

A queda mundial no preço do querosene de aviação (QAV) não deve refletir em passagens mais baratas no Brasil. Pelo menos não por enquanto.

Nos últimos seis meses, a cotação do combustível, atrelado ao valor do barril de petróleo, caiu mais de 50%. E como o insumo corresponde a cerca de 40% dos custos das companhias aéreas brasileiras, era de se esperar que a baixa fosse ‘repassada’ para o consumidor.

Entretanto, as aéreas daqui não sentiram tanto a queda do QAV como em outros países. A valorização do dólar perante o real acaba anulando em parte essa vantagem. E diante do cenário econômico nacional, as empresas preferem usar essa queda para acertar as contas agora. E depois reduzir as tarifas. Ou seja, é momento de diminuir os prejuízos acumulados ao longo dos últimos anos.

Em resumo, não é hora de fazer loucuras, até porque o valor do barril de petróleo oscila bastante e pode voltar a subir nos próximos meses. O nível de investimento segue o mesmo e a oferta não deve apresentar grandes alterações.

Por isso mesmo que as aéreas não preveem uma aceleração muito grande no mercado em 2015. O crescimento de 5,7% em 2014 não deve mudar muito para este ano. Enquanto o preço do combustível cai, há uma incerteza no país, com previsão de crescimento zero da economia.

“A tendência é crescer 5% [em 2015]. Se por um lado estamos em um momento de transição político-econômico, com novas medidas do novo núcleo econômico do governo federal, que nos impactam diretamente, no outro, estamos vivendo expectativas de políticas aviação regional e regional e há um cenário internacional que começa a apontar para uma queda do querosene de aviação”, analisa o presidente a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.

 

Nos Estados Unidos

Mesmo em um cenário mais otimista, a queda do preço do QAV não significa grandes alterações. As principais companhias aéreas dos Estados Unidos, o maior mercado da aviação comercial no mundo, também estão com o pé no chão. É só acompanhar as declarações dos CEOs de duas gigantes do setor por lá. Nada de grandes investimentos.

“Nós vamos buscar a maximização dos lucros e não vamos tomar decisões de nenhum tipo no curto prazo”, disse o CEO da United Airlines, Jeff Smisek.

O CEO da Delta, Richard Anderson, segue a mesma linha. “Fazer qualquer planejamento com base na queda do preço do combustível será apenas decepcionante. É melhor planejar com o combustível a um preço alto porque se você errar e o combustível estiver mais baixo depois, o impacto será menor”.

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