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Algum gambá já entrou na sua casa?
| Foto:
Scott Wight/Toronto Widlife Centre
Este é o gambá americano, conhecido como cangambá. Por aqui só existe no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A pergunta do título pode soar estranha para quem mora em apartamento, mas para os que vivem em casa, principalmente as com quintal, a situação não é tão incomum. Nos últimos meses ouvi várias pessoas contando que acharam um gambá no jardim. Na hora, a maioria não reconhece e estranha, mas depois de sentir o cheiro, que não é nada agradável, vem a confirmação.

Segundo o professor de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), que também trabalha no Zoológico Municipal de Curitiba, Manoel Lucas Javorowski, essa “invasão” tem ocorrido porque o gambá está passando a comer restos de lixo deixados pelo homem, assim como fazem os ratos. Então eles saem das florestas – e por isso é comum invadir a residência de quem mora perto de parque – e vão procurar comida em latas de lixo, quintal e até dentro de casa.

Priscila Forone
Este é o gambá brasileiro, que parace um rato. É este que você pode encontrar no jardim de casa.

O gambá não é um animal agressivo, mas se ele se sentir acuado pode morder ou esguichar aquele famoso cheiro ruim, que leva dias para sair da roupa. O professor explica que por isso o ideal é não assustá-lo e nem chegar muito perto.

O que fazer

Em uma das histórias que ouvi, a pessoa que achou o animal o colocou em uma caixa e saiu no meio da madrugada para soltá-lo em um terreno com mato, acreditando que lá seria melhor para ele. Porém, essa não é a opção ideal. A primeira coisa a ser feita quando se encontra um gambá ou qualquer outro animal silvestre é entrar em contato com a Força Verde. Os policiais vão recolher o animal e encaminhá-lo ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que fica na cidade de Tijucas do Sul, região metropolitana de Curitiba. O local é autorizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e lá vai receber o tratamento adequado até que possa voltar ao seu habitat natural.
O contato da Força Verde é 0800 643 0304.

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