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Fiquei devendo um post sobre Bragantino 3 x 3 Paraná. Então começo este texto falando sobre a partida de Bragança Paulista, principalmente por ela ser um bom referencial para o jogo deste noite, contra o Goiás.

O Paraná surpreendeu o Braga ao tomar a iniciativa. Fugiu da mesmice de esperar a pressão dos 15 minutos iniciais para depois tirar a cabeça da toca. Posicionou-se no campo do adversário, tocou bola, controlou a partida e fez gol. Deu certo porque Packer armou o time como se espera dele – também porque a marcação estava frouxa – e porque o time se mexia constantemente pelos espaços cedidos pelo oponente. Ricardo Conceição, Luisinho e Arthur apareciam em todos os pedaços de gramado no campo de ataque.

Fazer isso em Goiânia é fundamental para o Paraná voltar com um necessário bom resultado. Não dá para se encolher e aceitar a pressão do Goiás. O Verdão, ao contrário do Braga, tem torcida e sofre cobrança verdadeira para subir. É preciso colocar os goianos em situação desconfortável.

Ok, mas se tudo tivesse sido perfeito em Bragança, o Paraná teria vencido, não cedido o empate três vezes. Correto. A vitória escapou porque, a partir de um determinado momento, o Paraná perdeu o meio-campo. Um pouco porque Packer passou a ser marcado, um pouco porque a troca de Wellington por um atacante deixou o setor aberto. Estourou na defesa, que tinha sérios problemas pelas laterais e mais graves ainda no miolo. A tendência é que a zaga titular, em breve, seja Anderson e Alex Bruno, o que, só pela experiência, resolverá boa parte dos problemas da equipe. Os dois têm quilometragem suficiente para saber a hora de dar o bote, como orientar o posicionamento no meio e como fazer a cobertura dos laterais. Erros nestes três fundamentos levaram o time a permitir o empate contra o Bragantino. Anderson deve assumir a posição de Amarildo hoje. Parte dos problemas será resolvida.

O Goiás, na teoria, é favorito ao acesso. Na prática, tem vários calos a sere pisados. Os laterais Vítor e Egídio (este ex-Paraná) atacam bastante, porém sofrem na marcação. Então, Luisinho e Arthur nas costas dele. No meio, o principal armador é David, de passagem esquecível pelo Atlético entre 2002 e 2004, quando era lateral-direito. Uma marcação minimamente cuidadosa resolve. Ricardo Goulart e Ramon (ex-Coritiba) se aproximam bastante da área, finalizam bem, certamente os jogadores mais perigosos do meio-campo goiano. E na frente está Iarley, que compensa o fôlego reduzido pelo ótimo senso de posicionamento. Uma raposa velha sempre pronta para atacar. Um motivo a mais para escalar Anderson.

E para deixar claro que vencer no Serra Dourada é difícil, porém nada impossível, o Goiás x Paraná do ano passado, 3 a 0 para o Tricolor.

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