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Júnior Urso leva sua dancinha para Xangai. (Foto: Divulgação/ Coritiba)
Júnior Urso leva sua dancinha para Xangai. (Foto: Divulgação/ Coritiba)| Foto:
Júnior Urso leva sua dancinha para Xangai. (Foto: Divulgação/ Coritiba)

Júnior Urso leva sua dancinha para Xangai. (Foto: Divulgação/ Coritiba)

A venda de Júnior Urso para o futebol chinês só se justifica pela grana. O Coritiba embolsará nada desprezíveis 2 milhões e meio de obamas. Não vi nem ouvi informações sobre salário do volante, mas é de se supor que seja uma oferta muito boa. Como referência, Cuca, o técnico que indicou Júnior Urso, ganha 1 milhão e meio de dilmas por mês.

 

A vantagem do negócio se esgota na grana. Do ponto de vista técnico, é ruim para os dois lados. Júnior Urso vai para um futebol fraco. Por mais que sobre grana, o futebol chinês ainda tem um grave problema: ainda tem muito chinês nas equipes.

 

Isso derruba o nível técnico e faz com que quem vem de fora não precise de muito para se destacar. Daí para se acomodar e parar de evoluir, é um pulo. Valeria mais a pena para Urso ficar no Brasil, jogar bem este ano e buscar espaço em um mercado decente da Europa. É o problema de quando o jogador (ou o empresário) pensam acima de tudo no dinheiro.

 

Para o Coritiba, o primeiro prejuízo é perder seu melhor volante. E como Willian também deve sair, o rombo é gigantesco. Urso não apenas é melhor que Willian, mas tinha todas as condições de fazer deste seu grande ano no Coritiba.

 

Digo isso porque Júnior Urso teve chefes que mais o atrapalharam do que ajudaram no Alto da Glória. Primeiro Marcelo Oliveira, que insistia em fazer dele segundo volante e incentivava os avanços até a área adversária. O passe de Júnior Urso é limitado. Não dá pra segundo volante. O avanço até a área é bom como surpresa, mas precisa que o jogador saiba finalizar. Urso não sabe e não foi Oliveira o cara a ensinar isso a ele.

 

Marquinhos Santos até tentou fazer algo diferente, botar Urso na dele, de primeiro volante. Logo começou a instigar as arrancadas do volante e, no fim, não resistiu: botou Urso como segundo volante.

 

E acima dos dois esteve Felipe Ximenes, o responsável por levar Urso para o Coritiba. Ximenes transformou Urso em bandeira para provar que ele estava certo e os críticos, errado. Estimulava treinadores a darem liberdade para Urso fazer o que não sabe: dar passe longo e pisar na área para chutar. Uma birra doentia que quase queimou um bom jogador com a torcida. E que, é preciso olhar para os dois lados, fez muito colega de imprensa dar pau em Júnior Urso para atingir Ximenes.

 

O cenário para este ano era mais animador. Dado Cavalcanti trabalhou Urso como primeiro volante, entre as duas linhas de quatro. É onde ele rende melhor. Com as mudanças no departamento de futebol, Urso passou a ser visto como um bom jogador, não como tese de pós-doutorado em futebol de dirigente. Tinha tudo para canalizar isso em um grande ano. E realmente pode conseguir isso na China, até com mais facilidade. Pena que isso só vá fazer diferença para o seu bolso.

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