Obrigado, Denival, por nos permitir falar apenas de bola antes do Atletiba

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Antonio Denival de Moraes será o árbitro do Atletiba 350. Antonio Denival de Moraes está na média da arbitragem paranaense. Logo, Antonio Denival de Moraes é um árbitro fraco.

Aplicando o mínimo de rigor, somente Evandro Rogério Roman e Héber Roberto Lopes têm o nível necessário para apitar um clássico decisivo como o do próximo domingo. Subindo um pouquinho esse nível, nem os dois têm essa condição.

Evandro é um ex-árbitro em atividade. Sua ocupação principal é a secretaria estadual de Esportes, a política já toma muito mais espaço na sua vida do que a arbitragem. Deveria parar – ou ser aconselhado a fazer isso.

Héber em Atletiba é dor de cabeça certa. Atleticanos têm na ponta da língua uma série de clássicos em que o londrinense teria beneficiado o Coritiba. O burburinho é tamanho que os próprios jogadores entram irritados se o Coxa é o oponente e Héber, o homem de preto (ou verde limão, ou laranja, ou, bem vocês entenderam). De alguns clássicos para cá, coxas-brancas também têm reclamado de Héber. E o próprio Héber tem parecido mais tenso em Atletibas. Passa a impressão de ter pedido a confiança necessária para um clássico.

Diante desse cenário, só haveria duas opções: buscar um árbitro fora ou assumir o risco de apostar em um dos medianos que tem a rodo no estado. Buscar árbitro fora seria assinar atestado de incompetência na renovação do quadro paranaense. Além de que a arbitragem é ruim no Brasil inteiro, não é um mal apenas paranaense. Sobrou, então, tentar a sorte com os apitadores locais.

Denival gosta de contemporizar. Conversa bastante, pune pouco, erra como seus companheiros. Mas o grande benefício de sua escalação via sorteio é que, cometa o absurdo que cometer, esse erro será encarado como erro, não como premeditação ou coisa que o valha. Mesmo longe de ser brilhante, Denival nos permitirá falar somente do Atletiba dentro de campo. Portanto, obrigado, Denival.

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O grande barato do sorteio foi a presença de torcedores na sede da Federação. O evento é aberto ao público por determinação do Estatuto do Torcedor. Atleticanos foram até lá acompanhar de perto, na esperança de não ver Héber na cumbuca do clássico, o que aconteceu – o londrinense apita Paranavaí x Roma. Exerceram o seu direito de maneira pacífica e ainda informaram pelas redes sociais o andamento do sorteio (eu mesmo acompanhei pelo Twitter do Paulo Perussolo). Assim o futebol sai ganhando.