Certa vez vi uma telespectadora mandar uma pergunta para um debate entre os candidatos democratas na CNN. Ela queria saber que democracia era aquela em que há duas décadas a cédulas presidencial tinha um Bush ou um Clinton. Hillary Clinton, na época, em 2008, era pré-candidata no partido, mas perdeu.
Fazendo as contas, o paranaense tem tido sempre (no mínimo) um Dias, um richa ou um Requião em todas as suas eleições majoritárias desde… 1978. Sim, isso mesmo. Estamos por completar quatro décadas do domínio desses três sobrenomes na política local. Quer conferir? Vamos lá.
Em 1978, José Richa, saído de uma carreira de sucesso em Londrina, disputou e venceu o Senado.
Em 1982, Richa disputou o governo. E venceu. Seu candidato ao Senado era Alvaro Dias.
Em 1986, a coisa se inverteu. Alvaro Dias foi para o governo e José Richa para o Senado.
Em 1990, Roberto Requião apareceu para o governo, contra José Richa.
Em 1994, Requião foi para o Senado. Alvaro Dias disputou o governo. Osmar Dias se elegeu senador.
Em 1998, Requião tentou o governo. Alvaro Dias, o Senado.
Em 2002, Requião se elegeu governador. Osmar Dias se reelegeu senador. E Beto Richa foi candidato ao governo.
Em 2006, Requião foi reeleito. E Alvaro Dias conquistou seu terceiro mandato para o Senado.
Em 2010, Requião foi eleito senador. Osmar Dias tentou o governo. Mas perdeu para Beto Richa.
Em 2014, Requião e Beto Richa disputam o governo. Alvaro Dias, o Senado.
Ah, e para quem acha que a coisa está acabando, Richa tem um parente vereador em Londrina, e Requião já colocou um sobrinho como deputado federal, e agora tem o filho como candidato a deputado estadual.
Esses americanos são uns amadores.
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