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A dura vida de quem é jornalista no Paraná
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É absolutamente lamentável o que vem acontecendo com os jornalistas do Paraná. O estado, que em muitas coisas evolui, continua sendo uma terra em que os direitos mínimos são desrespeitados em algumas situações.

Nas últimas duas semanas, dois casos ilustraram bem o que acontece com quem tenta trabalhar com jornalismo investigativo, levantando informações que são de interesse público. No primeiro caso, quem tentou impedir o trabalho foram agentes públicos. No segundo, bandidos. Nos dois casos, é preciso que as autoridades ajam.

A primeira história veio a público e ganhou repercussão quando chegou ao Jornal Nacional. Revelava que repórteres que cobrem segurança pública (e que mostraram no passado desvios de conduta cometidos por policiais) têm sido chamados constantemente à polícia. Para prestar “esclarecimentos”. Leia-se: para que sejam pressionados a entregar suas fontes de informação.

O sigilo da fonte é garantido pela Constituição. O governador Beto Richa veio a público depois da matéria no JN para dizer que respeita a liberdade de imprensa e que o caso seria estudado. Até para que não se repetisse. Ponto para o governador, desde que realmente os policiais não insistam no erro.

Agora, descobre-se que profissionais investigando casos de pedofilia em Londrina foram ameaçados. Uma situação tremendamente perigosa não só para o jornalismo como para a democracia – já que sem liberdade para se apurar crimes e para que haja garantias de trabalho da imprensa, caímos na barbárie. Na ditadura. Seja de políticos ou de bandidos.

Nesse caso, sim, a atuação é mais do que bem-vinda. É necessária.

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