A convenção do PSDB paranaense parece ter sido o momento em que todo mundo teve certeza de que, hoje, o governador Beto Richa é de fato candidato a senador no ano que vem. As pistas foram várias. A primeira delas foi o próprio fato de Richa, que vinha delegando o controle do partido a subalternos, decidiu assumir o comando do barco. Para quê? Para controlar a sucessão.
Os discursos de todos os principais nomes da convenção tinham o Senado como parada obrigatória. Em alguns casos, o que prevalecia, claro, era o interesse próprio. Cida Borghetti disse que apoiará Beto na candidatura (não disse que com isso assume o governo). Ricardo Barros lançou Beto na campanha (não disse que com isso terá a mulher no comando de um orçamento de R$ 50 bilhões, podendo se reeleger).
Mas alguns pareciam estar sendo mais sinceros. Caso do representante do PSD na festa, deputado Sandro Alex. Em princípio, o PSD não ganha nada com a candidatura de Beto – pelo contrário. O partido quer ver Ratinho Jr. no Palácio. E, para esse objetivo, é um a péssima ideia ter Cida Borghetti governando o estado. Mesmo assim, Sandro Alex (cujo irmão, Marcelo Rangel, prefeito de Ponta Grossa, está indo para o PSDB), fez propaganda da candidatura de Beto.
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E no próprio PSDB os discursos foram a favor da candidatura. Sinal claríssimo de que o chefe não deu ordem para que eles ficassem calados. Pelo contrário, deve ter dado margem para que eles entendessem qual é a sua vontade.
Richa segue negando que tenha se definido. Diz que vai ouvir os militantes (não é verdade). Mas hoje, segundo os aliados, é candidatíssimo. Tudo pode mudar, claro. Mas quem estava só esperando ele se decidir pode começar a fazer as próximas jogadas.
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