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Beto Richa apostou na memória fraca do eleitor. E parece que estava certo
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Em 2015, Beto Richa fez uma aposta na memória curta do eleitor paranaense. Decidiu que teria de fazer toda a maldade necessária de uma vez só logo depois da sua reeleição, quando ainda restavam quatro anos antes de tentar um novo cargo.

Aparentemente, está dando certo. A nova rodada de avaliação do Paraná Pesquisas mostra que um em cada quatro eleitores que desaprovava Beto logo depois da repressão do 29 de abril agora o perdoa. Antes eram 84% de reprovação, agora são 61%.

Ainda é uma desaprovação gigante. Mas faltam dois anos para a eleição do Senado. E desde lá a curva tem sido favorável a Beto. De lá para cá, as contas do governo (graças ao pacote de “ajuste fiscal”) estão um pouco menos tenebrosas. E dão discurso para o governador.

O resultado da eleição municipal mostra que Richa, apesar de tudo, vem mesmo se recuperando. Elegeu aliados em praticamente todas as cidades grandes do estado e fez um número gigante de prefeitos nas cidades médias e pequenas. Venceu Fruet, emplacou Greca e viu o PT sumir.

Na pesquisa para o Senado – provável destino de Beto em 2018, ele também se sai razoavelmente bem. Está atrás de Osmar Dias e Ratinho. Mas os dois devem ser candidatos ao governo. Ainda está atrás de Requião, mas mesmo que chegasse em segundo lugar se elegeria.

Ivan Lessa dizia que o brasileiro a cada 15 anos esquece o que aconteceu nos últimos 15. No caso de Richa, ele apostou que o esquecimento virá em apenas quatro. Veremos em 2018 até onde ele estava certo.

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