Beto Richa insinuou neste fim de semana, ao tomar posse como presidente do PSDB do Paraná, que um dos fatores a ser levado em conta na hora de decidir se será ou não candidato em 2018 é dar palanque para o candidato tucano à Presidência.
Richa é partidário da candidatura do governador paulista, Geraldo Alckmin, que vem ganhando terreno no PSDB nacional contra o prefeito de São Paulo, João Doria; o senador José Serra também deseja ser candidato, mas não tem sido levado muito a sério.
“Vamos decidir juntos [sobre uma possível candidatura]. Não vou deixar vocês sem resposta”, disse Beto, respondendo a militantes com cartazes que pediam sua candidatura ao Senado. Brincou que não sabia se na verdade não queriam era se livrar dele no governo mais cedo.
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“Como sempre conversei com vocês, quero tomar essa decisão importante na minha vida, importante para o PSDB. importante para o candidato à Presidência tucano, eu quero tomar essa decisão ouvindo vocês”, disse.
Beto Richa tem evitado falar se vai ser candidato no ano que vem. Para disputar a eleição ao Senado, precisaria deixar o governo no início de abril. Quem assumiria seria a vice, Cida Borghetti, candidata desde já ao governo.
A indicação de que quer dar palanque ao PSDB, porém, mostra que Beto está cada vez mais próximo de se decidir por disputar a eleição. Aliás, o próprio fato de ter assumido a condução do PSDB mostra que ele está longe de largar o osso: quer comandar a sucessão e a eleição de 2018 de perto.
Cacicagem
Curiosamente, aliás, Richa disse que assumiu a presidência do partido “convidado” pelo antecessor, deputado Ademar Traiano, a quem rasgou elogios. Logo depois, no mesmo discurso, disse que a democracia impera no PSDB. Não parece ser o caso, ou o partido teria feito eleições internas, ao invés de deixar os caciques escolherem o cacique sem ouvir seus filiados.
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